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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Leite atinge maior valor real desde 2000, de acordo com o Cepea

Valor, descontada a inflação, é o maior desde o início da série histórica

por Globo Rural On-Line
Jorge dos Santos
Descontada a inflação, o produtor recebeu pelo leite 21,7% a mais que em setembro do ano passado, de acordo com o Cepea (Foto: Jorge dos Santos/Ed. Globo)

Contrariando as expectativas do mercado, que apontava para estabilidade nos preços, o leite voltou a subir em setembro, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que divulgou nesta segunda-feira (30/9) relatório de mercado.

Com a oitava alta consecutiva, os preços atingiram o maior nível desde o início da série histórica do Cepea, iniciada em 2000, em valores reais, já descontada a inflação. O valor bruto pago ao produtor (incluindo frete e impostos) chegou a R$ 1,1162 por litro, um aumento de 2,8% em relação a agosto. Em relação a setembro de 2012, o aumento foi de 21,7%.

Os preços foram deflacionados pelo IPCA de agosto. De acordo com o Cepea, a valorização ocorreu mesmo com o maior volume comprado pelos laticínios em agosto. A captação de leite foi impulsionada pelo Sul do Brasil.

“Este avanço na produção (no Sul) continua atrelado ao maior poder de compra do pecuarista em relação à alimentação concentrada e também à qualidade da silagem fornecida no cocho, que juntas aumentam o desempenho das vacas em lactação. Já nos estados do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, a captação de leite se manteve praticamente estável em agosto, movimento condizente com este período de entressafra de pastagens.”


Derivados


O Cepea informou que, no mercado paulista, o leite UHT registrou preço médio de R$ 2,34 por litro, queda de 0,14% em relação a agosto. O queijo muçarela ficou praticamente estável na mesma comparação (-0,04%), com preço médio de R$ 13,17 o quilo.

“A demanda começou a esfriar e a oferta de leite, aumentar, cenário que pode pressionar os valores destes derivados nos próximos meses”, avaliou a instituição, no relatório.

Para o mês de outubro, a expectativa da maior parte dos agentes de mercado consultados pelo Cepea é de estabilidade nos preços.

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