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Blog dedicado a divulgar as ações desenvolvidas pela SMAPP do Olho D`água do Borges

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Como criar abelhas sem ferrão

Elas não oferecem risco à população e podem ser manejadas em áreas urbanas. Atividade rende mel saboroso e com menos açúcar

Por João Mathias
como_criar_abelha_ferrao (Foto: Gilvan Barreto/Ed. Globo)

Se o receio de levar ferroadas é o que impede de se colocar em prática o interesse pela produção de mel, alimento com demanda certa, por ser um produto saudável e delicioso, uma boa alternativa é o manejo de abelhas sem ferrão. Impossibilitadas de dar doloridas picadas, elas não precisam de fumaça para ser acalmadas nem que o apicultor use equipamentos de proteção individual (EPIs), como macacão com máscara conjugada, botas de borracha e luvas de nitrila.

Atrofiado ao longo da evolução das espécies desse grupo, o ferrão não oferece risco à população, permitindo que essas abelhas possam ser criadas em áreas próximas de pessoas e animais, inclusive em ambientes urbanos. Mas vale ressaltar que, quando se sentem ameaçadas, elas se defendem mordendo geralmente olho, orelha, nariz e cabelo do invasor. O uso de um véu, no entanto, é o suficiente para proteger o rosto de algum ataque.

Formão, fita adesiva e alimentadores são os materiais de manejo para iniciar a criação que, junto com o véu, custam cerca de R$ 100. São necessários mais R$ 500 para a estrutura e cobertura das colônias, as quais variam de R$ 100 a R$ 300 dependendo da espécie e da região do país.

Há centenas de espécies de abelhas sem ferrão em regiões tropicais e subtropicais do mundo. Possuem grande diversidade de formas, cores e tamanhos, com exemplares medindo de 0,2 centímetro de comprimento até próximo de 2 centímetros. Aqui, são conhecidas cerca de 200 delas, destacando-se a jataí, a arapuá e a tiúba.
Também chamadas de meliponíneos, as abelhas sem ferrão formam colônias perenes habitadas tanto por algumas dezenas quanto por vários milhares de indivíduos. Em geral, constroem os ninhos dentro de cavidades já existentes, sendo que a maioria vive dentro de ocos de árvores. Algumas espécies gostam de instalar seus ninhos no solo, em cupinzeiros e em lugares altos.

Em cativeiro, as abelhas sem ferrão são criadas em caixas pequenas, que não exigem esforço físico e ocupam menos espaço. Por outro lado, com uma população reduzida, a produtividade da colônia da maioria das espécies, de 1 a 4 litros de mel por ano, é menor se comparada com a das abelhas com ferrão, que registra de 20 a 40 litros por ano.
Contudo, além de ter 10% menos de açúcar, o mel de abelha sem ferrão apresenta tipos diferentes de acordo com cada espécie produtora, ampliando o leque de opções para o mercado e agregando valor ao alimento, cujos preços no varejo variam de R$ 30 a R$ 100 por litro. Enquanto alguns são mais viscosos e doces, outros são mais líquidos e azedos.

Habronemose cutânea (esponja ou feridas de verão)


           A habronemose cutânea é causada por um parasita que acomete equídeos (equinos, asininos e muares), principalmente no verão e na primavera, e tem como agente etiológico o Habronema muscae, Habronema majus e Draschia megastoma. Esta afecção é resultado de uma reação de hipersensibilidade às larvas na pele, como ocorre em alguns tipos de alergias.
Foto 1 - Imagem ampliada do Habronema muscae
A habronemose cutânea pode ocorrer em equídeos de qualquer sexo ou idade, embora, em machos, o pênis e prepúcio sejam locais frequentemente acometidos. Antes de falar sobre os sinais clínicos e tratamento, é importante conhecer o ciclo do parasita para que se possam adotar medidas preventivas.
Os adultos normalmente vivem no estômago dos equinos, a partir de um ciclo indireto, onde todas essas espécies usam moscas como hospedeiros intermediários. As larvas são eliminadas nas fezes e ingeridas por moscas Musca domestica (mosca doméstica) e Stomoxys calcitrans (mosca-do-estábulo), que depositam as larvas na pele. Os cavalos podem adquirir a infecção gástrica pela ingestão de moscas mortas, no alimento ou na água. As larvas são depositadas perto da boca, deglutidas e completam o ciclo no estômago; ou, ainda, são depositadas no focinho e migram para os pulmões ou permanecem na pele, causando reação inflamatória e alérgica. Ainda, se as larvas forem depositadas na cavidade ocular, pode-se desenvolver a habronemose conjuntival. A habronemose cutânea se desenvolve quando a mosca pousa em uma ferida aberta ou áreas cronicamente úmidas.
             A habronemose cutânea dificilmente leva à morte, mas frequentemente causa prejuízos estéticos nos animais, gerando depreciação econômica.

Foto 2 - Aspecto da habronemose cutânea na região da face (próximo ao olho).
A lesão começa como pequenas pápulas com centro erodido. O desenvolvimento é rápido e as lesões podem atingir 30 cm de diâmetro em poucos meses, em função do tecido de granulação formado pela irritação constante, este de aspecto esponjoso (daí o nome popular), róseo e sangra facilmente. No início, pode haver prurido intenso e isso pode levar ao auto-traumatismo.
O diagnóstico é feito através do histórico da presença de moscas, feridas não tratadas, programa de desverminação desatualizado; do aspecto da lesão, que pode ser confundida principalmente com sarcóide, pitiose ou tecido de granulação exuberante. Para confirmar o diagnóstico, a biópsia é o exame mais indicado, embora também possam ser feitos raspados de pele. O que chama a atenção é que a habronemose cutânea não responde aos tratamentos convencionais de feridas.
O tratamento se baseia na associação de agentes sistêmicos e locais, pois uma terapia isolada geralmente não é eficaz contra a habronemose. O objetivo do tratamento é matar as larvas presentes no estômago, enquanto controla-se a inflamação resultante da sua deposição errática na pele, já que não faz parte do seu ciclo de vida a migração para este local. As larvas na pele não sobrevivem, por isso causam irritação, desta forma, não é necessário utilizar produtos larvicidas no local da ferida.
Para combater o ciclo do Habronema spp. deve-se vermifugar o animal com bases capazes de atuar contra esse gênero de helminto, como a ivermectina, abamectina, moxidectina e o triclorfon. A terapia tópica com fármacos antimicrobianos e antiinflamatórios, debridantes, penetrantes e protetores, podem ser aplicados diariamente, sob a proteção de bandagens. Manter a ferida coberta é importante para evitar infecções secundárias, traumatismos e reinfestações.
A cirurgia, com a excisão completa do tecido de granulação, pode ser necessária, quando o tamanho da ferida é incompatível com o tratamento somente com produtos químicos.
         O controle é fundamental para afastar a habronemose da propriedade. Algumas medidas importantes incluem a remoção e destinação adequada das fezes para esterqueiras ou locais que dificultem as moscas de encontrarem animais onde possam depositar as larvas e, principalmente, removendo a matéria orgânica com a qual se alimentam e completam seu ciclo de vida; administração de anti-helmínticos periódicos e, de preferência, em massa, para que haja um controle e erradicação do ciclo gástrico; utilização de armadilhas mosquicidas, impedindo a atuação do vetor; e tratamento adequado de ferimentos e escoriações, mantendo sempre limpos e protegidos.
Agradecemos a Priscila F. R. Lopes (Médica Veterinária) e Alexandre Breder (integrante do blog) que montaram essa matéria.

Nutrição em eqüídeos no Brasil

Olá amigos leitores!
Quero neste texto fazer colocações em cima do pouco que ainda conheço dos cavalos, mas que durante a vida pretendo aprender e dividir com vocês.
Após ler alguns arquivos que tenho guardado no meu computador pude ter uma idéia muito interessante para este novo texto.
Algumas pessoas sempre me escrevem perguntando sobre nutrição em potros e éguas e nem sempre é fácil passar informações corretas sobre este questionamento. Em muitos casos o problema não é somente o pasto de baixa qualidade, mas também o fornecimento de apenas um tipo de alimento durante um longo período. Vejo casos de eqüídeos em pasto de braquiária durante longos períodos e como o animal nem sempre apresenta emagrecimento o dono do animal deixa ele ali e não se importa em ofertar outras fontes de alimentos e quando este animal chega a apresentar um emagrecimento esta situação já está crítica. Sabemos que o capim braquiária não é palatável aos eqüídeos e que eles comem em grande parte deste capim apenas as sementes, e as folhas em muitos casos é tóxica aos animais levando ao inchaço da cara do animal e saindo uma peladeira em todo corpo, estes podem ser dois sintomas que poderão aparecer neste tipo de pastagem totalmente errada para eqüídeos na minha opinião.
Como este texto é voltado para a nutrição devo iniciar então com os potros. Devemos iniciar sua nutrição no terço final da gestação com o fornecimento de boa pastagem, sal mineral a vontade para a égua e também na primeira metade do período de amamentação do potro que vai até os 3 ou 4 meses (total) dependendo da raça do animal, lembrando que a segunda metade do período de amamentação 5 a 8 meses o potro já inclui na sua alimentação a busca por pastagens e outras fontes de alimentos que por ventura estejam disponíveis a ele.
Em raças que possuem limites mínimos e máximos de altura para registro costuma acontecer o seguinte: o criador que possui animais altos para a raça e com medo dos potros ultrapassarem o limite máximo de altura deixa seus potros subalimentados para não ficarem grandes demais e quando chega a hora do registro seus potros não alcançam nem mesmo a altura mínima de registro, aí é aquela maratona pra comprar GH (hormônio de crescimento) vitaminas, e nem sempre estes “recursos” salvam seus animais de ficarem sem o registro definitivo e serem somente registrados no castrado, no caso dos machos, ou das fêmeas de virarem apenas receptoras.
Segundo alguns nutricionistas de eqüídeos, o desenvolvimento das diferentes estruturas do potro é finalizado após o nascimento inclusive a maturação do sistema neurológico e uma subalimentação no período inicial podem comprometer a correta formação neurológica do animal comprometendo sua capacidade de aprendizado. O contrário também é verdade, animais bem alimentados possuem treinabilidade e capacidade de aprendizado muito melhores.
 Esta imagem mostra como na minha opinião os cavalos devem viver pastando em liberdade.
 
Os eqüídeos são na sua origem animais herbívoros, ou seja, sua base de alimentação é o volumoso (capim) podendo variar de gramíneas e/ou leguminosas, sendo que eu considero o melhor seria a união de gramíneas e leguminosas na mesma pastagem para maior variabilidade de alimentos para seus animais.
Este volumoso deve ser fornecido à vontade, deve ser de boa qualidade e adequado às necessidades a que pertença o animal, podendo ser: manutenção, crescimento, reprodução ou trabalho.
Os eqüídeos têm alta capacidade adaptativa aos mais diversos tipos de volumosos.
Exemplo: animais de regiões secas podem se adaptar a alimentos lenhosos de baixa qualidade nutritiva, e animais de regiões alagadas podem se adaptar à ingestão de ervas submersas.
Estas características citadas acima não são as mais comuns em nosso país e com a valorização dos animais de grande porte e com alta capacidade atlética, resistência e beleza, obriga-nos a oferecer alimentos de grande qualidade nutricional, pois somente assim teremos cumpridas as nossas exigências mercadológicas.
Claro que se ofertarmos alimentos de baixa qualidade os animais irão sobreviver, mas dificilmente terão algum destaque na sua área, seja morfológica ou na parte atlética se comparado a animais bem alimentados.
O Brasil por ser um país de tamanho continental, possui grande variabilidade na alimentação de seus animais, por exemplo: animais criados na região sul possuem necessidades diferentes de alimentação pelo clima frio durante quase todo ano e clima temperado, solo de boa qualidade se comparado com animais da região nordeste onde possui clima quente durante todo ano onde 23 graus são considerados dias frios, com períodos de seca em alguns meses e chuvas intensas em outros períodos.
Com isso não existe melhor capim para os eqüídeos e sim o melhor capim para atender melhor a determinadas regiões, pois não conheço nenhum capim que suporte os dois extremos, frio e calor intenso conforme citado acima.
O capim para eqüídeos deve possuir excelente palatabilidade. Se for para pastagens deve suportar muito bem o pisoteio, se for para capineira ou campo de feno deve suportar cortes freqüentes. Possuir teor de proteína entre 8 e 11% e possuir valores de fibras ideais para o bom desempenho do intestino.
Os eqüídeos possuem necessidades mínimas para garantir a integridade física e psicológica.
Física para garantir uma quantidade de energia para o animal desempenhar as funções a que se destina e Psicológica para garantir o tempo mínimo de ocupação próximo ao que o animal tem em liberdade entre 13 e 16 horas. Essas fibras se dividem em solúveis que fornecem nutrientes aos animais e insolúveis que são responsáveis ao bom andamento do alimento no aparelho digestivo e para boa formação das fezes.
As fibras insolúveis não devem ser superior a 18% da dieta alimentar para não levar ao aparecimento de cólicas. Um capim muito novo possui baixo teor de fibras em contrapartida um capim velho demais possui teor de fibras alto podendo levar a cólica.
Então a escolha do capim deve levar em consideração adaptabilidade geoclimática, palatabilidade, teor de proteínas, teor de fibras totais e fibras insolúveis.
Lembrando sempre que pastagem depende de qualidade de solo, adubação específica para determinadas variedades de capim.
Segue abaixo alguns tipos de capins que poderão ser utilizados na formação de pastagens:
Coast-cross - de excelente palatabilidade, adaptabilidade em diversas condições, valores adequados de proteína e fibra. De fácil manejo tanto para pastejo, como para campo de corte. É de implantação mais complicada por ser o plantio apenas por mudas.
Tifton - Variação do Coast-cross, com excelente palatabilidade, adaptabilidade em diversas condições, valores adequados de proteína e fibra. O manejo deve ser mais atento, pois passa do ponto de corte com mais facilidade que o coast-cross. É de implantação mais complicada por ser o plantio apenas por mudas.
Jiggs - Variação dos anteriores, com excelente palatabilidade, adaptabilidade em diversas condições, valores adequados de proteína e fibra. De fácil manejo, pois possui menos talo, sendo mais difícil passar do ponto de corte. Produz menos massa por área. É de implantação mais complicada por ser o plantio apenas por mudas.
Rhodes - Possui ótima palatabilidade, adaptabilidade variável, bons valores de fibra e proteína. De fácil manejo e implantação, pois o plantio é por sementes.
Colonião - Variedade mais conhecida dos capins tipo Panicum, com boa aceitação pelos animais, com proteína mediana. De fácil manejo e implantação, sendo o plantio por sementes ou mudas.
Aruana - Variedade de menor porte dos capins tipo Panicum (como Colonião), com ótima aceitação pelos animais, bons valores nutritivos, com proteína mediana. De fácil manejo e implantação, sendo o plantio por sementes.
Tanzânia - Variedade de menor porte dos capins tipo Panicum (como Colonião), porém maior que o aruana, com ótima aceitação pelos animais, bons valores nutritivos, com proteína mediana. De fácil manejo e implantação, sendo o plantio por sementes.
Capim Elefante - Nome genérico dos capins de grande porte, tendo como variedades o napier e cameroum, entre outros. São ótimas opções como capineira, sendo restrito o uso como pastejo pelo seu porte elevado. Possuem bons níveis nutritivos, se cortados no ponto certo, entre 1,60 e 2,50 m de altura. Se a planta estiver com menos de 1,60m de altura, possui teores muito baixo de fibra, podendo causar diarréia. Se estiver com mais de 2,50m de altura, possui teores muito elevados de fibra insolúvel, com baixo aproveitamento dos nutrientes, podendo ainda causar cólicas.
Muitos outros tipos e variedades de capins ainda podem ser utilizados, como Pangola, Capim Gordura, Jaraguá, Transvala, Ramirez, etc., porém deve-se sempre levar em consideração a adaptabilidade à região, palatabilidade para eqüinos e seu valor nutritivo antes de sua escolha.
 Nutrição em animais atletas
 Os animais atletas merecem um capítulo a parte neste texto. Para eles não basta colocar capim + ração de manutenção + sal mineral disponível a vontade, precisamos aliar a isso alimento de grande quantidade e qualidade de energia (como Equi Turbo, por exemplo) e vitaminas específicas para o tipo de trabalho que ele realiza. Em animais de provas de tambor, por exemplo, precisamos disponibilizar vitaminas que forneçam todos os nutrientes para grande explosão muscular, pois são provas muito rápidas disputadas contra o relógio, em contrapartida devemos fornecer aos animais que participam de provas de marcha vitaminas que ajudem na manutenção da resistência muscular, pois são provas de longa duração onde os animais que possuem músculos bem resistentes sempre levam uma grande vantagem na parte final destas provas.
 Amapola RRC – filha do Campeão dos Campeões Nacional de Marcha em 1994. Ela atualmente é matriz principal no Haras 2 Irmãos nas cidades de Manhuaçu e Matipó - MG
Doping
Atualmente com o crescente número de provas e competições nas diversas raças alguns donos de animais procuram tirar um pouco mais de seus animais através de substâncias que, em quase todos os casos, prejudicam os animais se utilizadas de forma contínua e sem controle. Além de prejudicar muito seu animal o criador mata também a justiça, mata a espírito de competição, mata a legalidade, mata os sonhos, mata o profissionalismo, mata a honestidade.
“Qualquer semelhança entre este texto e os textos do grande conhecedor de cavalos André Galvão Cintra não será considerada mera coincidência, pois ele é pra mim um dos grandes conhecedores em nutrição de eqüídeos do Brasil que eu utilizei para me orientar na hora de escrever este texto”.
* Eqüídeos – são eles: os eqüinos (cavalo e égua), asininos (jumento e jumenta) e muares (burro e mula).
Escrito por Alexandre Werner Breder
Fonte: André Galvão Cintra

Propriedades do semárido e subúmido podem usar sistemas agroflorestais

          
Os Sistemas Agroflorestais (SAF) oferecem vantagens econômicas e ambientais ao produtor rural, pois além de produzir alimentos, o agricultor pode recuperar áreas que ficaram degradadas pelo uso intensivo da agricultura convencional. Para o pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas, na Bahia, Antonio Nascimento, o SAF é um sistema onde o agricultor tem atividades as mais diversas possíveis em uma mesma área, como a produção de culturas de ciclo curto ou anuais, alimentares principalmente, envolvendo, ainda frutíferas perenes e essências florestais.
“Em uma mesma área o agricultor pode ter produtos de subsistência como o feijão, o milho e o arroz e frutíferas perenes que irão produzir depois de 3 a 4 anos e até essenciais florestais para fins de uso como energia, em fogões a lenha e até mesmo para madeira para cerca ou mourões,  ainda segundo ele o número de culturas depende do espaço e do planejamento do produtor".
Segundo o pesquisador várias espécies podem ser adaptadas ao Semiárido, preferencialmente aquelas que resistem aos baixos períodos de chuva. “Uma delas é o nim indiano, que tem se adaptado bem ao Semiárido por ser uma planta de crescimento rápido e que exige pouca chuva”, acrescenta.
Na avaliação de produtores que têm a experiência do sistema, nas suas propriedades, a floresta não é um empecilho para a produção agrícola. Ao contrário, contribui para a produtividade das lavouras.

da redação do Nordeste Rural

Aprenda a fazer manteiga de garrafa em casa

A manteiga de garrafa é um tipo de manteiga artesanal bastante consumida no Nordeste. Em diferentes regiões é conhecida como manteiga de gado ou da terra. Em temperatura ambiente, se mantém em estado líquido, sendo comercializada em garrafas. A Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa) desenvolveu um método simplificado de fabricação caseira da manteiga, aproveitando o resto do soro que se obtém após a produção do queijo coalho nas propriedades.
Para a engenheira agrônoma Glória Lemos, o soro, que muitas vezes é descartado, produzindo mal cheiro e atraindo moscas para o local, pode ser coletado e aproveitado na fabricação da manteiga de garrafa, gerando mais uma fonte de renda para o produtor rural.
A engenheira agrônoma explica que para fazer a manteiga de garrafa utilizando a técnica desenvolvida pela Emepa, o primeiro passo é armazenar o soro em um local limpo, arejado e livre de insetos. “No entanto, não é necessário colocá-lo em refrigerador”, detalha. A partir daí, o produtor deve recolher diariamente a nata formada no soro, depositá-la em outro recipiente - de plástico ou inox - e adicionar o sal à nata a cada coleta realizada.
“Este processo pode ser feito de cinco a seis dias, até se obter nata suficiente para a elaboração da manteiga de garrafa”, explica Glória, lembrando que a cada acréscimo é preciso bater um pouco a nata para uniformizá-la.
Gloria Lemos diz que para para produzir um litro de manteiga de garrafa se utiliza a quantidade de dois quilos de nata obtida a partir do soro do queijo coalho. Ela destaca ainda que o controle higiênico-sanitário deve acontecer em toda a cadeia, desde a produção da manteiga até a comercialização do produto engarrafado. Esta técnica foi desenvolvida pela pesquisadora Maria Dalva Bezerra, da Estação Experimental Pendência, da Emepa, em Soledade, na Paraíba.

da redação do Nordeste Rural

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Limpeza de açudes

Muitas são as causas de mortalidades dos peixes; entenda o problema

Por João Mathias
fazenda_sustentavel_peixe (Foto: Acervo/Ed. Globo)

Sem sinais de ataque, certo dia amanheceram mortas 10 tilápias adultas de cerca de 2 quilos, entre carpas-capim, traíras e outros peixes que crio em um mesmo tanque, dos vários pequenos açudes que existem em minha propriedade rural. Qual será o problema?

Rafael Costa
Gravataí, RS


Muitas são as causas de mortalidades dos peixes, como pouca renovação da água, população em excesso no ambiente, lodo ou matéria orgânica acumulada no fundo do tanque, pouco oxigênio dissolvido na água, excesso de gases nocivos, falta de alimentação, doenças, estresse, diminuição do sistema imunológico, entre outros. Aproveite os vários pequenos açudes na propriedade para transferir os peixes que sobraram. Em seguida, esvazie o lago, remova o lodo, paus, pedras, tocos, carcaças de peixes mortos, folhas e galhos. Mantenha-o vazio secando ao sol por uma semana. Depois, encha-o e coloque os peixes de volta em uma quantidade adequada, de acordo com a taxa de renovação de água. Faça isso também nos demais açudes para evitar futuros problemas.

Ovelhas intoxicadas

Água não tratada se inclui entre os motivos que podem levar os ovinos a se sentirem mal

Por João Mathias 



Ao apresentarem diarreia, cegueira e espuma na boca, as ovelhas da minha criação começaram a morrer. Após tratamento com remédios, elas registraram uma pequena melhora, mas logo voltaram a adoecer, inclusive, transmitindo os sintomas para os filhotes.
Josenildo Cipriano do Nascimento Sanharó, PE

Ovelhas com intoxicação alimentar apresentam sintomas similares. Por isso, a sugestão é de, inicialmente, investigar a fonte de volumoso (capim), de concentrado (ração) e de sal mineral. É provável que, pelo menos, um desses alimentos esteja com algum problema. Água não tratada também se inclui entre os motivos que podem levar os ovinos a se sentirem mal. Institua métodos de limpeza e controle de bactérias nos locais que servem de fonte para o líquido, como caixa d’água e bebedouros. Em casos graves, a intoxicação alimentar pode ser causa de morte do animal. Inicia-se com diarreia, evolui para sintomas neurológicos diversos e chega ao óbito. Procure por um médico veterinário especialista em pequenos ruminantes na região, para que o profissional solicite exames laboratoriais em todas as fontes de alimentação dos rebanhos da vizinhança. A análise clínica do rebanho associada ao de laboratório proporcionará um diagnóstico que permitirá realizar o melhor tratamento para a criação.

Crias de caprinos podem ser alimentadas com colostro artificial

Ao nascer, os caprinos e ovinos não têm anticorpos no sangue. A imunidade depende da disponibilidade do colostro, secreção que se acumula na glândula mamária ou úbere das femeas, nas últimas semanas de gestação. De cor branco-amarelada, rica em proteínas, anticorpos, minerais e vitaminas, o colostro possui efeitos nutritivos, antitóxico e laxativo. Apresenta uma gordura que é bem absorvida, sendo importante fonte de energia, exercendo papel fundamental na saúde e bom desenvolvimento das crias.
No entanto, existem situações em que o produtor é levado a alimentar artificialmente as crias usando o colostro artificial: quando a mãe morre e não tem outro animal para se obter o colostro; em caso de doenças que podem ser transmitidas pela ingestão do leite; partos múltiplos e quando o colostro é insuficiente.
Para a médica-veterinária Maria Dalva Bezerra de Alcântara, da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), o colostro artificial pode substituir perfeitamente o colostro natural. É feito pelo produtor com o  leite de  cabra ou de vaca “in natura” e ovo de galinha. Deve ser oferecido às crias em mamadeiras e pode ainda ser armazenado em congelador por um período de até 30 dias.
Para fazer o colostro artificial são necessários 700 mililitros de leite de vaca e um ovo sem casca, que deverão ser batidos bem no liquidificador. Em seguida, deve-se colocar o produto na mamadeira e oferecer às crias. “É importante que esse colostro seja dado às crias a partir das primeiras horas do nascimento, de três a quatro vezes por dia, em uma quntidade de 100 a 150 mls, durante 2 a 3 dias”, destaca Dalva. Ela lembrar, no entanto, que só se deve interferir na alimentação das crias se houver necessidade.

da redação do Nordeste Rural

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Embrapa divulga vídeo mostrando como fazer adubo orgânico 100% vegetal

Produto é isento de contaminação biológica e tem custo inferior aos encontrados no mercado

Nátia Élen Auras
Foto: Nátia Élen Auras / Embrapa
Técnica não exige alto investimento em infraestrutura

Os adubos orgânicos, em sua maioria, utilizam esterco bovino e cama de aviário que, além de difícil obtenção e custo elevado, podem apresentar problemas de contaminação química e biológica. Mas a Embrapa Agrobiologia, de Seropédica no Rio de Janeiro, desenvolveu uma tecnologia para produção de adubos e substratos orgânicos de origem 100% vegetal.
– O composto pode ser produzido tanto em grande escala como na pequena propriedade rural, já que utiliza um processo simples, que não necessita de grandes investimentos em infraestrutura – explica o pesquisador da Embrapa Marco Antônio Leal, que desenvolveu a tecnologia.
Segundo o pesquisador, os fertilizantes orgânicos e substratos obtidos a partir deste processo apresentam qualidade superior aos similares encontrados no mercado e podem ser utilizados também na agricultura orgânica.
– Esses produtos são isentos de contaminação biológica, não utilizam adubos minerais e o seu custo pode ser muito inferior – relata Leal.
Compostagem
A compostagem é um processo natural onde os resíduos da propriedade passam por uma transformação biológica e tornam-se fertilizantes orgânicos ou húmus. Neste processo biológico há uma decomposição da matéria orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal. O resultado final da compostagem é o composto orgânico, que pode ser aplicado ao solo para melhorar suas características, sem ocasionar riscos ao meio ambiente.
Os principais benefícios da compostagem são: estímulo ao desenvolvimento das raízes das plantas, que se tornam mais capazes de absorver água e nutrientes do solo; aumento da capacidade de infiltração de água, reduzindo a erosão; mantém estáveis a temperatura e os níveis de acidez do solo (pH);dificulta ou impede a germinação de sementes de plantas invasoras (daninhas); ativa a vida do solo, favorecendo a reprodução de microrganismos benéficos às culturas agrícolas.
Para divulgar a tecnologia, a Embrapa Agrobiologia produziu um vídeo didático, em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Pesagro-Rio. O vídeo tem duração de 15 minutos e mostra a produção passo a passo.

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=pdvHiZvzCbE 

Copa do Mundo deve aumentar consumo de carne suína em 2014

Demanda pode manter preços firmes este ano, informa Cepea


Sirli Freitas
Foto: Sirli Freitas / Agencia RBS
 
Oferta restrita, com baixa oferta de animais vivos, deve garantir preços maiores neste início de 2014
A expectativa para o setor de suínos em 2014 é positiva. Os grandes eventos que o Brasil sediará este ano, como a Copa do Mundo, e a consequente vinda de turistas devem aumentar o consumo de carne suína, é o que afirma o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira Júnior.

>> Leia mais notícias sobre suínos
– Isso ocorrerá principalmente porque nós vamos receber muitos europeus no Brasil, em função da Copa do Mundo, e já que o principal consumidor de carne suína é o europeu, nós teremos um mercado interno atraente para os próximos seis meses – afirmou.
De acordo com ele, a oferta segue restrita, com uma baixa oferta de animais vivos, o que deve garantir preços maiores neste início de 2014.
Agentes do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) também esperam que 2014 seja positivo para a suinocultura, com cotações firmes. Do lado da oferta, o cenário deve permanecer estável, contribuindo para sustentar as cotações, informou o Cepea.
Relação de troca
Conforme o presidente da APCS, a relação de troca entre o farelo de soja e o suíno resultou na perda de 17,63% para o suinocultor. Já em relação ao milho, os criadores tiveram um ganho de 32,54%. No entanto, o custo de produção tem uma tendência de alta em 2014, em função dos valores dos grãos, principalmente milho e soja.

O especialista fez um alerta para que os criadores fiquem “de olho” na questão do milho. Ele aconselhou os pecuaristas a estocarem o mais rápido possível em função do fluxo de caixa, já que o suinocultor está um pouco capitalizado. Ferreira Júnior acredita que já nos próximos 20 dias, os criadores devam comprar milho para estocagem. 

– Os estoques reduzidos, em termos de ofertas de animais, dão fôlego de estabilidade para o mercado, principalmente neste início de ano – relatou.

Mercado externo
Quanto às exportações, o clima também é de otimismo.  Segundo o Cepea, esse cenário se deve à consolidação do relacionamento entre Brasil e Japão e o aumento dos embarques para outros mercados.

Para o presidente da APCS, a expectativa de exportação é muito boa, principalmente no segundo semestre do ano, quando o setor prevê embarcar de 700 a 750 toneladas.

– Continuaremos a abrir novos mercados, com tendência de aumentarmos o volume de exportação – declarou.

Médio e longo prazos
Todo esse cenário positivo à suinocultura deve, no entanto, ser observado de forma criteriosa a médio e longo prazos. Isso porque, historicamente, períodos de bons resultados são seguidos de fortes investimentos, que, por sua vez, podem deixar a oferta superior à demanda e ocasionar, consequentemente, queda de preços, alertou o Cepea.

Balanço de 2013
Ferreira Júnior fez um balanço do ano de 2013. Segundo ele, o ano passado foi de recuperação dos preços da carne suína. O setor fechou o ano com o preço em torno de R$ 80,00 a arroba, o equivale a R$ 4,27 o quilo vivo. O especialista destacou que a procura foi boa no final do ano.

Brasil vai colher mais cana-de-açuar na safra 2013/2014

O aumento previsto é de 12% em ralação a última safra. Segundo relatórios dos técnicos sobre a safra 2013/2014 de cana-de-açúcar produzida no Brasil deve chegar a 659,85 milhões de toneladas, maior que os 588,92 milhões de toneladas do último período. Os números são do terceiro levantamento da safra feitos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
 
A área de corte também teve crescimento e passou de 8.485 mil para 8.811 mil hectares. A estimativa do percentual de recuperação da produtividade média das lavouras chegou a 7,9%, devido à renovação de áreas e às condições climáticas que contribuíram positivamente para os canaviais, principalmente da região Centro-Sul.
 
Isto ocorreu, principalmente, em São Paulo e nos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná. Alguns destes estados apresentaram também mais investimentos que na safra passada e expandiram suas áreas. O etanol, sobretudo, e o açúcar melhoraram o desempenho. A produção total do primeiro subiu 16,98%, podendo passar de 23,64 bilhões para 27,66 bilhões de litros.
 
O etanol anidro, destinado à mistura com gasolina, chega a 19,04%, elevando de 9,85 bilhões para 11,73 bilhões de litros, enquanto que o hidratado, utilizado nos veículos "flex-fuel", cresce 15,51% e eleva a marca de 13,79 bilhões de litros para 15,93 bilhões. Já para o açúcar, espera-se um aumento de 1,23%, devendo passar das 38,34 milhões de toneladas para 38,81 milhões. 

 
da redação do Nordeste Rural

China confirma novo caso de gripe causada pelo vírus H7N9

Vítima, uma mulher, estaria em estado crítico

Por Agência Brasil
globo_rural_template (Foto: Filipe Borin/Ed. Globo)
Uma mulher de 34 anos foi diagnosticada com gripe aviária causada pelo novo tipo do vírus, o H7N9, na província oriental chinesa de Zhejiang, o primeiro caso registrado no Leste do país em 2014.
Segundo informou nesta segunda-feira (6/1) a agência oficial Xinhua, a mulher está em estado crítico. Ela é da cidade de Zhuji.
Neste inverno, foram detectados até o momento três casos no Leste da China e cinco na província de Cantão.
Os primeiros contágios pelo H7N9 em humanos foram registrados na primavera de 2013 no Leste do país, próximo a Xangai e várias províncias vizinhas, onde causou 45 mortes e 142 contágios.

Safra de feijão é insuficiente para atender ao consumo

Mapa prevê importações maiores e acredita que o custo vai recair sobre o bolso dos consumidores

Por Globo Rural On-Line
Feijão (Foto: editor)

Na safra 2012/2013, o Brasil plantou 3,11 milhões de hectares de feijão e colheu, em 2013, 2,8 milhões de toneladas, o que  representa cerca de 500 mil toneladas a menos do que a produção normal (3,3 milhões de toneladas).
Com o consumo nacional estimado em 3,45 milhões de toneladas, para suprir a demanda, o país teve de importar mais de 500 mil toneladas, de janeiro a novembro, de países como China, Argentina, Bolívia e Paraguai.
O consumo per capita de feijão em 2013 está estimado em 16 kg/habitante/ano, ante 17 kg/habitante/ano consumidos em 2011 e 2012. Para 2014,o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prevê importações maiores e acredita que o custo vai recair sobre o bolso dos consumidores. Outro fator que deve puxar a alta do grão é que produtores de feijão de Minas Gerais e Goiás não fizeram o vazio sanitário, previsto pela primeira vez nos Estados, além de Bahia e Distrito Federal, visando eliminar um vírus transmitido pela mosca-branca que prejudica bastante a lavoura.
A estimativas disponíveis levam a crer que em 2013/2014 a área plantada ficará próxima a 3,15 milhões de hectares, com previsão de colheita de 3,3 milhões de toneladas, se não ocorrer nenhum
imprevisto.
O Brasil já foi maior produtor mundial há menos de 10 anos, mas em 2012 e 2013, o entanto, com quedas de produtividade e produção, perdeu espaço para os países asiáticos, que têm apresentado crescimento ao longo dos últimos anos. Em 2012, por exemplo, foi o terceiro maior produtor mundial de feijão, com 2,8 milhões de toneladas, atrás de Myanmar (3,7 milhões de toneladas) e Índia (3,6 milhões de toneladas). Já em consumo total, o Brasil é o primeiro do ranking mundial.
Em 2013, os principais estados produtores foram Paraná, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Bahia. Juntos, estes Estados  responderam por 70,69% da produção nacional.
(Com informações da Agência Safras)

Capim para alimentação de cabras no sistema de produção de leite

O uso de gramíneas como capim Tifton e capim Tanzânia tem mostrado um potencial para atender até 60% da necessidade de nutrientes das cabras leiteiras, reduzindo inclusive o uso de  alimento concentrado e seus custos. O método de criação se baseia na pastagem cultivada, que é uma alternativa desenvolvida em pesquisas da Embrapa Caprinos e Ovinos para superar as dificuldades da criação dos animais em épocas secas.
O pasto cultivado fica disponível para os animais nos períodos secos, época em que a vegetação nativa não costuma fornecer forragem em quantidade e qualidade suficientes. No experimento realizado na Embrapa Caprinos e Ovinos, o manejo  da pastagem é feito de forma rotacionada, com uso de uma área de cada vez. O rebanho permanece no piquete por 4 dias e depois segue para  outro. Assim, se torna possível o descanso do solo por 18 dias, evitando o  esgotamento do mesmo. Parte do manejo geral também é feita na  pastagem, com os animais tendo acesso a água e sombra.
De acordo com a zootecnista Ana Clara Cavalcante, pesquisadora da área de forragicultura, se houver uso estratégico da irrigação e de suplementação alimentar, a pastagem cultivada permite a manutenção de até 70 cabras em lactação em 1 hectare de pasto cultivado. “Em geral, as propriedades no semiárido são pequenas e, assim, o uso de pasto cultivado tende a maximizar o uso da área. Enquanto 3 hectares de pasto nativo são necessários para manter um animal adulto na época seca, 1 hectare de pasto cultivado, manejado de forma rotacionada, pode suportar até 70 animais, a depender do grau de intensificação”, afirma Ana Clara.
Ela ressalta ainda que com uma menor ocupação das áreas pode-se otimizar também o uso da mão de obra para realizar, pela manhã, tarefas rápidas como as ordenhas e verificar o fornecimento de água e sal aos animais. O restante do dia fica livre para outras atividades da fazenda, em geral na agricultura familiar que é diversificada.
da redação do Nordeste Rural

Instituições financeiras estimam crescimento do país em 1,95% em 2014

Inflação deve ser maior que a de 2013 e próxima de 6%

Por Agência Brasil

economia_banco_central (Foto: Divulgação/Banco Central do Brasil)

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam que a economia cresça este ano 1,95%, uma pequena queda em relação à projeção anterior (2%). A estimativa para 2013 é 2,28%, contra 2,30% previstos no boletim Focus, divulgado na semana passada.
A estimativa para a expansão da produção industrial caiu de 2,23% para 2,20%, este ano.
A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB é 35%, em 2014. Ainda de acordo com a pesquisa do BC a instituições financeiras, a previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) segue em US$ 8 bilhões, este ano.
A previsão para o saldo negativo em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) foi ajustado de US$ 72 bilhões para US$ 71,3 bilhões, em 2014. A estimativa para a cotação do dólar segue em R$ 2,45, este ano.
A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões.
Inflação
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 5,97%. A expectativa é de instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) e, de acordo com essa pesquisa, a inflação em 2014 será maior do que no ano passado (5,74%).
As projeções estão distantes do centro da meta de inflação estabelecido pelo governo (4,5%) e abaixo do limite superior (6,5%). É função do BC fazer com que a inflação convirja para o centro da meta.
Um dos instrumentos usados pelo BC para influenciar a atividade econômica e, por consequência, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
No ano passado, o Copom elevou a Selic em 2,75 pontos percentuais. A taxa encerrou 2013 em 10% ao ano. A expectativa das instituições financeiras é que na reunião do comitê, neste mês, a Selic seja elevada em 0,25 ponto percentual e, posteriormente, haja novo ajuste em igual patamar. Assim, a taxa deve terminar 2014 em 10,50% ao ano.
A pesquisa do BC também traz a mediana (desconsidera os extremos das projeções) das expectativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que é 5,40% este ano.
A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) é 6% em 2014 e para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a projeção é 6,01%.
A estimativa para os preços administrados é 4%, este ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo.