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Blog dedicado a divulgar as ações desenvolvidas pela SMAPP do Olho D`água do Borges

terça-feira, 30 de julho de 2013

Produção leiteira cresce 3% em 2012 e preço pago ao produtor é o maior em cinco anos

Entressafra das pastagens, aumento do consumo e até o mercado imobiliário auxiliaram na alta remuneração pelo produto

  • Roberta Silveira | Taubaté (SP)

Photo Rack
Foto: Photo Rack / Divulgação
Média anual de consumo é de 180 litros por pessoa; há 10 anos, era de cerca de 125 litros

O valor do leite pago ao produtor é o maior em cinco anos. Os dados fazem parte do boletim do leite do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) de junho. A entressafra das pastagens, o aumento do consumo e até o mercado imobiliário ajudaram na alta remuneração pelo produto.

A produção leiteira cresceu 3% no Brasil em 2012, com mais de 33 bilhões de litros. O país também consome mais leite. Hoje, a média anual é de 180 litros por pessoa, enquanto que, há 10 anos, era de cerca de 125 litros. O aumento do consumo é um dos motivos que explicam a alta do preço pago ao produtor. Os preços do litro de leite no mercado interno subiram de R$ 0,8829 na média do primeiro semestre de 2012 para R$ 1,0178 no mesmo período de 2013.

– Houve um aumento da renda do consumidor. E ele gosta de consumir lácteos. Isso fez com que o consumo de leite aumentasse – explica o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite, a Leite Brasil, Jorge Rubez.

No inverno, o preço do leite costuma subir devido à queda de produção. Nessa época, a qualidade das pastagens diminui por causa do frio e do tempo mais seco – situação vivida principalmente pelos produtores do Rio Grande do Sul e do Nordeste do país. Para não perder produtividade, é preciso investir na alimentação dos animais, e a ração aumenta os custos de produção.

Porém, na região do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, onde fica a fazenda do produtor Thiers Fortes, outro fator também interfere na quantidade de leite disponível. O mercado imobiliário é um dos responsáveis pela queda da produção leiteira. Na região de Taubaté, os fazendeiros estão recebendo propostas para vender as propriedades que podem se tornar loteamentos.

– É tentadora a oferta pela terra na nossa região. Ficam no leite aqueles que têm amor pela profissão. Estão porque gostam mesmo e outros porque não tem como sair da profissão e têm que continuar porque as terras não servem para outra atividade – esclarece o pecuarista.

Fortes recebe R$ 1,70 pelo litro de leite, já descontado o frete. O valor é 13% maior do que o pago há um ano, quando o litro era vendido por R$ 0,94. O produtor, no entanto, diz que o valor poderia ser ainda melhor.

– O preço seria metade do que hoje é vendido ao consumidor, que está em torno de R$ 3,00.

O presidente da Leite Brasil não acredita que a remuneração do produtor aumente mais. O valor pago já é o maior dos últimos cinco anos e deve incentivar o aumento da produção.

– É o melhor momento com relação aos anos anteriores, que fechamos em vermelho. Agora, estamos empatando e a maioria dos produtores está conseguindo um pequeno lucro. Com esse pequeno lucro, dá para incentivar a produção e conseguir chegar no patamar de 4% a 5% ao ano – diz Rubez.

De acordo com boletim do Cepea e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o aumento do preço no mercado interno também melhorou a relação de troca do leite por importantes insumos para a pecuária leiteria, entre eles a ração (concentrado de 22% de proteína bruta), o glifosato e o diesel. Para as entidades, o complexo agroindustrial do leite no Brasil passou por mudanças estruturais nos últimos anos, submetendo os integrantes da cadeia a um processo de adaptação. Este contexto expõe a necessidade de profissionalização do produtor rural tendo em vista a sustentabilidade da atividade. Segundo a análise, questões gerenciais, inclusive o conhecimento detalhado sobre os custos de produção, se tornam cada vez mais relevantes no planejamento e no processo decisório da propriedade.

CANAL RURAL

Safra atual de mandioca deve ser a menor em 10 anos

Neste ano, a produção de mandioca no Brasil deverá ser de 21,4 milhões de toneladas, com decréscimo de 8,4% em comparação à de 2012

Andre Penner
Foto: Andre Penner / AP Photo
Demanda por raiz e derivados, por outro lado, é crescente

A oferta nacional de raiz de mandioca tem apresentado expressiva redução desde meados de 2012 em consequência doclima desfavorável para a produção no Nordeste. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2012, a produção nordestina foi 24,5% menor que a de 2011, influenciando a diminuição na oferta brasileira. Neste ano, a produção de mandioca no Brasil deverá ser de 21,4 milhões de toneladas, com decréscimo de 8,4% em comparação à de 2012. Se concretizada, será a menor oferta nacional desde 2003. A informação é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

O cenário leva agentes nordestinos a se abastecerem com farinha e até mesmo raiz proveniente do Centro-Sul do Brasil, acirrando a disputa pelos produtos. No Paraná, a oferta deve ser a menor em cinco anos, segundo dados da Seab/Deral (Secretaria da Agricultura e Abastecimento).

Conforme números do IBGE, nos principais Estados produtores e processadores de mandioca, a produção deve ter expressiva quebra em comparação com a do ano passado. Na Bahia, a diminuição deve ser de 43%, enquanto que, no Pará, a baixa deve ficar em 2,5%. No principal produtor do Centro-Sul, o Paraná, apesar de ser maior a área colhida, a oferta deve reduzir 4,5%, devido à menor produtividade.

A demanda por raiz e derivados, por outro lado, é crescente. Nesse contexto, os preços da mandioca e dos derivados têm subido em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. A alta nas cotações da raiz e dos derivados ganhou mais força em julho do ano passado, persistindo até março de 2013, quando, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de junho de 2013), atingiu média mensal recorde de R$ 346,17 a tonelada (R$ 0,6020 a grama). Em seguida, houve melhora na oferta e os preços foram pressionados até maio. Chuvas intensas a partir de junho, no entanto, reduziram a oferta novamente, e os preços voltaram a subir naquele mês. As altas também foram influenciadas pela menor disponibilidade de raízes de segundo ciclo e pela opção de produtores em postergar a colheita.

Em julho, a disponibilidade de raízes de segundo ciclo segue baixa em parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Ao mesmo tempo, produtores têm demonstrado pouco interesse em colher a raiz de primeiro ciclo. Pesquisadores do Cepea consideram que, no segundo semestre, a oferta poderá ser ainda menor, resultando em dificuldades na produção de fécula e farinha e mantendo os preços em patamares mais elevados.

Fécula
Devido à oferta mais restrita da matéria-prima, no primeiro semestre de 2013, a quantidade de raízes processada nas fecularias foi apenas 0,5% superior à do semestre anterior, mas 5,8% abaixo da do primeiro período de 2012. Segundo dados do Cepea, o volume processado foi o menor em um primeiro semestre desde 2006. Assim, estima-se que a produção anual de fécula poderá ficar abaixo da obtida em 2012 (519,67 mil toneladas), uma vez que, neste semestre, a oferta de raízes poderá ser ainda menor.

A demanda por fécula de mandioca, por sua vez, esteve maior nos primeiros seis meses de 2013, puxada pelo bom desempenho das vendas dos produtos que utilizam o derivado como insumo. Com processamento menor e demanda aquecida, fecularias não conseguiram formar estoques, que, em março, chegaram aos mais baixos níveis da série do Cepea. Assim, os preços da fécula de mandioca também seguiram em alta no primeiro semestre de 2013. Em termos reais, no período entre 15 e 19 de julho, a fécula de mandioca atingiu a máxima de R$ 2.044,53 a tonelada, a maior média semanal desde dezembro de 2004, sendo o sétimo recorde consecutivo, em termos nominais.

Farinha
O clima desfavorável no Nordeste impactou de forma mais intensa a oferta de farinha de mandioca na região, fazendo com que compradores passassem a se abastecer com o produto do Centro-Sul. Assim, as cotações da farinha de mandioca branca crua/fina tipo 1 também apresentaram movimento de alta a partir de julho de 2012, tendo continuidade até fevereiro de 2013, quando o valor médio do produto (FOB farinheira) nas regiões acompanhadas pelo Cepea atingiu R$ 128,37 a saca de 50 kg, que, em termos reais, foi 118% acima da média de mesmo período de 2012.

A farinha de mandioca branca crua/grossa teve comportamento de preços similar. Em fevereiro de 2013, a cotação média do Centro-Sul atingiu R$ 102,18 a saca de 40 kg, média que superou em 115% a de igual período de 2012. Na parcial de julho (até o dia 19), a média da farinha de mandioca branca crua/fina tipo 1 negociada no Centro-Sul foi de R$ 109,42 a saca de 50 kg.

Boletim semanal
A disponibilidade de raízes de segundo ciclo continua baixa nas regiões acompanhadas pelo Cepea, informou a entidade em seu boletim nesta segunda, dia 29. Agricultores têm priorizado as atividades de preparo de solo e/ou plantio. Além disso, chuvas no início da semana passada prejudicaram a colheita, e as baixas temperaturas levaram parte dos produtores a iniciar a separação das manivas para evitar possíveis perdas com as geadas em algumas áreas.

Diante disso, o volume de mandioca processado na indústria de fécula recuou frente à semana anterior, e os preços subiram. Do lado da indústria, a demanda está maior, devido à necessidade de reposição de estoques, o que elevou a disputa pelo produto. Este fator também impulsionou os valores da raiz. Agentes consultados pelo Cepea apontam que o plantio deve ser intensificado nas próximas semanas, o que deve manter a oferta baixa.

CEPEA

Brasil e UE discutem acordo para comercialização de produtos orgânicos

Na pauta de interesse estão produtos como o cacau, café, chá e frutas

por Globo Rural On-line
 Shutterstock
Procedimento pode trazer grandes vantagens comerciais para produtores do Brasil e da Europa (Foto: Shutterstock)

 A harmonização das normas e procedimentos regulamentados para a produção orgânica entre o Brasil e a União Europeia é o principal motivo da reunião de trabalho. Nesta primeira etapa está sendo realizado um estudo comparativo entre os regulamentos das duas partes.

Por isso, chegou ao Brasil uma missão da União Europeia com a presença de Hans-Christian Beaumond e Manuel Rossi, responsáveis, respectivamente, para assuntos agrícolas na América Latina e pela área de agricultura orgânica. O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Caio Rocha recebeu a missão, nesta segunda-feira (29/7) em Brasília.

Na audiência, foi apresentada a estrutura do processo de equivalência que costuma ser utilizado pela União Europeia e como deverá ser estabelecida a agenda de trabalho, que será em etapas – por exemplo, voltadas à verificação de pontos em comum e de divergências que terão que ser tratadas no processo de discussão para o reconhecimento da equivalência.

De acordo com Caio Rocha, o procedimento pode trazer grandes vantagens comerciais para produtores do Brasil e da Europa, pela redução dos custos e da burocracia para a comercialização internacional de produtos orgânicos, com a simplificação do processo de certificação desses produtos para sua exportação nos dois sentidos. “A celebração de protocolos técnicos na produção de orgânicos que poderá servir de exemplo para outros produtos de interesse comercial do Brasil”, destacou.

Na pauta de interesse de produtos orgânicos brasileiros para a UE estão produtos como o cacau, café, chá e frutas. Em contrapartida, a UE tem sido fornecedora de vinhos, derivados de leite e azeite orgânicos, entre outros.

Para conhecerem um pouco mais da produção orgânica no Brasil, os técnicos europeus visitaram, no sábado (27/7) a Fazenda Malunga, localizada no Distrito Federal, que é uma referência nacional na produção agrícola e pecuária orgânica.

*Com informações do Ministério da Agricultura

Exportação de algodão registra queda em julho

Volume embarcado no mês é 44% menor na comparação com o mesmo período do ano passado

por Scot Consultoria
Ernesto de Souza
Produtores focam na intensificação da colheita e no beneficiamento do produto

A colheita do algodão avançou 11,3 % na última semana e chegou a 20,5% da área plantada em Mato Grosso. O volume de negociações está moderado. Os produtores focam na intensificação da colheita e no beneficiamento do produto.

Mesmo com a comercialização lenta, a tendência é que o produtor se interesse mais pelo mercado interno. O preço da pluma exportada está abaixo das cotações internas, tornando o mercado doméstico mais atraente.

Até a terceira semana de julho, o país embarcou 15 mil toneladas de pluma de algodão, média diária de mil toneladas por dia. No mesmo mês do ano passado o Brasil vendeu, no mercado externo, 1,8 mil toneladas por dia, em média, volume 80% maior.

Com pouca movimentação no mercado, os preços oscilaram pouco. A arroba de pluma de algodão fechou a semana cotada em R$ 66,90 frente a R$ 67,50 no início desta. No acumulado do ano, houve valorização de 33,8%.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Guia de boas práticas: Quais são as práticas agrícolas que ajudam a conservar os recursos naturais da terra?

Controle biológico, integração lavoura-pecuária-floresta, manejo racional de águas são algumas dessas técnicas

por Viviane Taguchi
Divulgação/Syngenta
Existem várias práticas conservacionistas a serem aplicadas na agricultura e na agropecuária.

Para cada tipo de atividade existem práticas específicas para ser desenvolvidas, visando a conservação do solo e dos recursos hídricos. As principais delas são o sistema de plantio direto, manejo integrado de pragas (MIP), adubação verde, controle biológico, manejo racional de águas e sistemas de integração lavoura-pecuária e lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
Todas essas práticas se aplicam à agricultura e a processos de recuperação de solos degradados (pastagens). Na pecuária, os métodos de melhoramento genético e o uso de marcadores moleculares são considerados boas práticas agropecuárias.

Safra 2013 de mandioca deve ser a menor em 10 anos

Com fraca oferta, preços dos derivados apresentam altas expressivas em todas as regiões

por Globo Rural On-line
 Shutterstock
Demanda pela raiz continua em alta em todas as regiões do país, mas produção nacional será 8,4% menor neste ano (Foto: Shutterstock)

O Brasil terá a menor oferta nacional de mandioca dos últimos dez anos, segundo levantamento do IBGE. Neste ano, a produção brasileira da raiz deverá ser de 21,4 milhões de toneladas, redução de 8,4% em relação à 2012, ano que já teve uma queda de 24,5% em comparação com 2011. Só no Paraná, apesar da maior área plantada do centro-sul, a oferta deve ser a menor dos últimos cinco anos devido ao decréscimo de 4,5% na produtividade. Na Bahia, a diminuição deve ser de 43%, enquanto que, no Pará, a baixa deve ficar em 2,5%. A situação leva à disputa pela farinha e pela raiz proveniente do centro-sul do Brasil.

Na contramão da produção, a demanda pela raiz e seus derivados é cada vez maior, refletindo diretamente nos preços em todas as regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos em Economia Aplicada da Esalq/UPS (Cepea). A alta nas cotações da matéria-prima e produtos ganhou mais força em julho de 2012, persistindo até março de 2013, quando, em termos reais, atingiu média mensal recorde, de R$ 346,17/tonelada (R$ 0,6020/grama). No entanto, chuvas intensas a partir de junho, reduziram a oferta novamente, e os preços voltaram a subir naquele mês. As altas também foram influenciadas pela menor disponibilidade de raízes de segundo ciclo e pela opção de produtores em postergar a colheita.

No primeiro semestre deste ano, a quantidade de raízes processada nas fecularias foi apenas 0,5% superior à do período anterior, mas 5,8% abaixo da dos primeiros seis meses de 2012. Em termos reais, no período entre 15 e 19 de julho, a fécula de mandioca atingiu a máxima de R$ 2.044,53/t, a maior média semanal desde dezembro de 2004, sendo o sétimo recorde consecutivo, em termos nominais.

As cotações da farinha de mandioca branca crua/fina tipo 1 também apresentaram movimento de alta a partir de julho de 2012 até fevereiro de 2013, quando o valor médio do produto atingiu R$ 128,37/saca de 50 kg. O valor representa alta, em termos reais, de 118% em comparação ao mesmo período de 2012.

Manareiro

A Embrapa Amazônia Ocidental vai promover capacitações sobre multiplicações rápidas de manivas de mandioca, método que permite propagar uma quantidade 160 vezes a mais de manivas comparado ao método tradicional. Com isso, a empresa pretende promover o aumento da produção de farinha e fécula no Estado do Amazonas.

No Amazonas, a multiplicação de manivas-semente pelos agricultores ocorre geralmente pelo método tradicional de propagação no qual se tira cerca de cinco a dez manivas-semente de uma planta adulta, quando ela atinge dez a 12 meses. Pelo projeto Manareiro, a Embrapa propõe capacitações no método de multiplicação rápida, pelo qual é possível a partir de uma planta adulta selecionar manivas para produzir cerca de160 plantas, das quais, depois de estabelecidas em um campo de multiplicação, produzirão cerca de 1.600 manivas-semente de 20 cm, no período total de 16 meses.

*Com informações do Cepea e Embrapa

México confirma abertura de mercado para avicultura do Brasil

Autoridades sanitárias mexicanas aceitaram o modelo de certificação sanitária proposto pelo Ministério da Agricultura brasileiro, diz Ubabef


Raquel Heidrich
Foto: Raquel Heidrich
Primeiros embarques ao México podem ocorrer até o fim do ano

O México confirmou a abertura de seu mercado para a carne de frango brasileira. O presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, soube nesta quarta, dia 24, que as autoridades sanitárias mexicanas aceitaram a certificação sanitária proposta pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) brasileiro para exportação de carne de aves e ovos férteis.

>> Abertura do México para mercado de frango brasileiro pode elevar exportações em 4%
Segundo a entidade, em nota, a próxima etapa é a finalização da escolha, por parte das autoridades mexicanas, das unidades que poderão exportar para o mercado do país. Turra disse aguardar que os primeiros embarques ao México ocorram até o fim do ano.

– Entre os países pelos quais temos batalhado para abrir o mercado, o México é dos que têm maior potencial. Embora em caráter emergencial, vamos negociar para que essa abertura seja permanente, trabalhando com foco na complementaridade e em parceria com os produtores mexicanos – destacou o executivo no comunicado.
 A expectativa é de que o mercado mexicano represente a exportação de US$ 300 milhões por ano somente nas vendas de carne de frango, tendo por base um preço médio do item inteiro e em cortes.

Brasil pode colher 45,2 milhões de toneladas de milho na safrinha 2013

Produção esperada para este ano leva em conta a expectativa de incremento de 14,8% na área, que deve alcançar 7,993 milhões de hectares

Daniel Conzi
Foto: Daniel Conzi / Agencia RBS
Produtividade média para a safrinha 2013 é de 5.655 quilos por hectare

O Brasil poderá colher 45,204 milhões de toneladas de milho na safrinha 2013, volume recorde que supera as 37,976 milhões de toneladas registradas em 2012. Os números fazem parte da mais recente estimativa do Instituto de Pesquisas Agroeconômicas Safras & Mercado, divulgada nesta sexta, dia 19.
De acordo com o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, houve um recuo em relação às 45,809 milhões de toneladas previstas no relatório anterior, de junho, em decorrência de ajustes de área cultivada e dos problemas climáticos ocorridos no Paraná, diante das chuvas excessivas entre o final de junho e o começo de julho.

A produção esperada para este ano leva em conta a expectativa de incremento de 14,8% na área, que deve alcançar 7,993 milhões de hectares, ante os 6,963 milhões de hectares cultivados na segunda safra de 2012.
– O maior crescimento é registrado em Goiás, de 41,4%, cultivando 994,151 mil hectares, seguido pelo Mato Grosso, de 25,1%, com área plantada de 3,538 milhões de hectares – sinaliza.
Molinari destaca a expectativa de avanço da produção em Mato Grosso, que deve alcançar 19,109 milhões de toneladas e manter a liderança nacional na safrinha.
– Mesmo com um recuo no potencial de produção frente às 12,458 milhões de toneladas da estimativa anterior, o Paraná deve seguir em segundo lugar na produção de milho safrinha, colhendo 11,880 milhões de toneladas de milho, seguido pelo Mato Grosso do Sul, com 6,723 milhões de toneladas –  afirma.

A consultoria trabalha com uma expectativa de produtividade média para a safrinha 2013 de 5.655 quilos por hectare, ficando acima da obtida na segunda safra do ano passado, de 5.453 quilos por hectare.

– A maior produtividade média deve ser registrada no Paraná, com 6.178 quilos por hectare – finaliza.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Agropecuária responde por quase metade dos empregos criados em junho

Dos 123,8 mil empregos formais criados no país em junho, 59 mil estão no setor agropecuário, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Confira a notícia na íntegra no site do Valor Econômico

Fonte: Valor Econômico

Um exército alado em defesa da agricultura

Vespas substituem agrotóxicos nas lavouras e reduzem custos de combate a pragas em até 50%

por Viviane Taguchi | Fotos Ernesto de Souza, de Uberlândia (MG)

Editora Globo

Era o ano de 1997. O engenheiro agrônomo Adalberto Borges, um mineirinho de jeito simples, folheava uma edição da revista Globo Rural. “Li um artigo sobre controle biológico de lagartas com vespas que me interessou bastante”, lembra. Desde então, ele não parou de pensar neles – as vespas e seus ovos. Leu e estudou tudo o que encontrou sobre o tema, procurou cientistas, pesquisadores e agricultores. Rodou estradas Brasil afora em busca de novidades e chegou a entrar escondido em lavouras para fazer testes. “Uma coisa eu sabia: se não desse certo, não ia prejudicar. Eu dizia para o produtor que ia ver a plantação e soltava umas vespas. Depois, voltava para ver o resultado. Era sempre bom, sem lagartas.”

Hoje, junto com Éder Barros, ex-executivo de uma multinacional do petróleo, Borges comanda o primeiro e um dos maiores berçários de vespas do país, a Abr, empreendimento voltado à biotecnologia para o agronegócio – um frigorífico de insetos (este é o nome que está no papel) em Uberlândia (MG). Lá, produzem ovos de mariposa parasitados por minúsculas vespas. E vendem tudo pelo correio. “Quando você fala em biotecnologia, parece muito complicado, mas não estamos fazendo nada além de reproduzir a natureza”, diz Barros.


Editora Globo
Adalberto Borges (à esq.) e Éder Barros

A cada 56 dias, eles colocam no mercado um poderoso aliado no combate à praga número 1 da agricultura, as lagartas. O negócio começa com a mariposa Anagasta kuehniella, aquela borboleta marrom cujas asas viram pó quando tocadas, cultivada em caixas. Em 40 dias, o bicho chega à fase adulta e põe ovos. “Aí começa o trabalho de beneficiamento”, diz Adalberto. Os ovos são retirados da caixa e passam por uma limpeza. O que sobra, milhões de ovos que, de tão pequenos, formam um pó, vale R$ 5 mil o quilo.

“Isso é o que eu chamo de ouro em pó”, conta o agrônomo. Com uma cola feita de mandioca (a receita é segredo industrial), os ovos são colados em uma cartela e inseridos em frascos onde vivem vespas Trichogramma ssp. “Elas vão parasitar os ovos. A vespa mata o embrião que existe dentro do ovo para pôr o seu”, diz.

Essa roubalheira de ovos, pode-se dizer, é o princípio ativo do sistema. Barros, o homem dos negócios estratégicos da Abr, explica que, após o parasitismo, as cartelas são retiradas dos frascos e imediatamente enviadas aos clientes pelo correio. “Temos cinco dias para que elas cheguem ao destino final e sejam espalhadas na lavoura.” Os ovos não podem demorar a chegar, pois eclodem em um prazo de seis dias. “Se houver atraso, o cliente recebe uma caixa de vespas, então temos de enviar novamente”, diz ele. Cada cartela custa R$ 11 e são necessárias, em média, seis a oito cartelas por hectare, dependendo da cultura. “Os pedaços da cartela são colocados diretamente na planta.” Na Abr, são produzidas 8 mil cartelas por mês.

Ivan Cruz, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, de Sete Lagoas (MG), estuda o controle biológico desde 1991. Ele explica que as vespas que saem da cartela já nascem adultas e, por isso, procuram outros ovos. “Elas vão encontrar os ovos dos insetos lepidópteros, que dão origem às lagartas. A vespa vai lá, mata o embrião que seria uma lagarta no futuro e põe os seus ovos.”

Cruz descarta a possibilidade de superinfestações de vespa, já que elas não sobrevivem mais de dez dias sem pôr ovos. “Quando os ovos de lepdópteros acabam, elas não têm alternativa. Vão morrer.” O pesquisador destaca uma particularidade positiva da trichogramma. “Por ser tão pequena, ela consegue penetrar a palha do milho, por exemplo, para chegar até o ovo da largarta, coisa que o agroquímico não faz.”
Editora Globo
Cartelas com ovos da vespa trichogramma


NOVOS NEGÓCIOS
Cruz acredita que o momento vivido pela agricultura na atual safra, com infestações de lagartas e aparecimento de novas espécies, como a Helicoverpa armigera, são indicativos da necessidade de aumento do uso de controle biológico no país. “Vespas são mais eficientes que agroquímicos. Mais insetos na lavoura atraem mais agentes biológicos (como as joaninhas, que atacam os pulgões).

Além disso, as tecnologias que temos no mercado, como o milho Bt, começam a enfrentar resistência das pragas”, diz. “Quando o produtor perceber a vantagem do controle biológico, o segmento vai crescer.” De acordo com ele, o “susto” com a infestação de lagartas fez o governo até mesmo liberar registros no país. “Fica mais fácil termos novas biofábricas em atividade. Ainda trabalhamos com apenas dez.”

Na Europa, o controle biológico não é novidade. Lá, o mercado é dominado por multinacionais como Syngenta e a belga Devgen. Elas investem em torno de 5 milhões de euros por ano no segmento e suas linhas já trabalham com DNA de vespas. “É fantástico o trabalho que é feito na Europa e nos Estados Unidos. O Brasil ainda está um passo atrás”, diz Barros. “Os países que têm as agriculturas mais inteligentes e desenvolvidas, que se preocupam em preservar os solos, já utilizam o controle biológico em larga escala. O Brasil precisa acordar, mas acredito que isso já esteja acontecendo.”

Barros diz que já foi procurado por alguns investidores e instituições estrangeiras que querem entrar no segmento. Por ora, contou com o investimento (valor que ele não quis revelar) do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). “É uma área que tem atraído os olhares de quem lida com o mercado em longo prazo.”
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TOMATE MAIS BONITO
As vespas controladoras de pragas já foram adotadas por produtores de cana-de-açúcar, que usam Cotesia flavipes e Metarhizium anisopliae para controlar a broca-da-cana e a cigarrinha-das-raízes, respectivamente, e pelos plantadores de tomate, que utilizam Trichogramma ssp contra pragas como a broca dos frutos. Rodrigo Vinchi, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Raízen, conta que a companhia de bioenergia utiliza o controle biológico em pelo menos 245.000 hectares de canaviais. “É uma ferramenta eficaz para combater as pragas, com ganhos de 20% em relação ao uso do agroquímico”, diz.

A Raízen tem seis laboratórios próprios que produzem vespinhas e, segundo Vicchi, de 100 mil a 120 mil vespas por ano vão para a lavoura. Em Araguari (MG), onde fica a Trebeschi, maior fazenda de tomates do país, vespas também são parte da rotina. “Usamos o mínimo de defensivos químicos e apostamos em recursos tecnológicos mais limpos”, explica o agrônomo Clóvis Nunes. Segundo ele, a companhia passou a ter uma economia de 50% com o sistema.
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OLÉ NA AGRICULTURA

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Uma megainfestação de lagartas dizimou 60% das lavouras de soja e algodão em várias regiões entre fevereiro e março. Em São Paulo, elas atacaram plantações de feijão. A região oeste da Bahia foi a mais afetada; estimam-se prejuízos de R$ 1 bilhão, metade do estrago total do resto do país. As aplicações de agroquímicos tiveram de ser triplicadas. Foram pelo menos seis. A praga não arrefecia. Por um mês, agrônomos e produtores pensaram estar lidando com lagartas Helicoverpa zea, mas eram Helicoverpa armigera.

“Estávamos lidando com outra espécie, ainda desconhecida das lavouras brasileiras. Por isso elas resistiam aos agroquímicos, explicou Ivan Cruz, da Embrapa. Já identificada, a armigera foi classificada como “quarentena A1”. Por seu poder de devastação, o governo liberou a importação e o uso de produtos à base de benzoato de ememectina. “Essa medida será suficiente para garantir o final da atual safra. Precisamos discutir as próximas safras. É uma praga nova, que exigirá novas demandas”, disse o presidente da Embrapa, Maurício Lopes. Segundo ele, daqui para frente, o produtor rural terá de intensificar o manejo integrado de pragas. No final de abril, a Secretaria de Defesa Sanitária divulgou medidas de combate à helicoverpa, entre elas o controle biológico.

Usinas do NE podem ter R$ 380 milhões contra prejuízos da seca

Subvenção é destinada à produção da safra 2011/2012, prejudicada pela estiagem

por Globo Rural On-line
Editora Globo
Essa medida ajudará a promover o abastecimento de etanol em volume suficiente para minimizar as grandes oscilações de preços

O Congresso analisa a Medida Provisória 622/13, que abre crédito extraordinário no valor de R$ 380 milhões para cobrir os encargos financeiros da União decorrentes do pagamento de subvenção econômica à indústria produtora de etanol combustível da Região Nordeste.

Segundo o texto, o recurso está sob a supervisão do Ministério da Agricultura e é resultado de anulação parcial de dotação orçamentária, prevista em reserva de contingência.

De acordo com o governo, essa subvenção refere-se à produção da safra 2011/2012 destinada ao mercado interno, prejudicada pela estiagem, que causou grandes perdas nas lavouras de cana-de-açúcar do Nordeste, com a consequente redução de insumo para a produção de etanol. A ideia é possibilitar a manutenção dos empregos gerados pela indústria do etanol na região.

“Além disso, essa medida ajudará a promover o abastecimento de etanol em volume suficiente para minimizar as grandes oscilações de preços e de oferta verificadas nos períodos de safra e de entressafra”, justifica a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. “O abastecimento nacional tem demanda crescente em razão do aumento da frota de veículos que utilizam esse combustível”, acrescenta.

Medida complementar

A ministra acrescenta ainda que a MP 622 está de acordo com a MP 615/13, que concede auxílio extraordinário de R$ 12 por tonelada de cana-de-açúcar, com limite máximo de 10 mil toneladas por produtor, a cerca de 18 mil produtores de cana independentes do Nordeste afetados pela estiagem. Nesse caso, o custo da subvenção deverá ficar em torno de R$ 122,2 milhões.

Tramitação

A medida provisória será analisada por uma comissão mista. Se aprovada, ainda deverá ser votada pelos plenários da Câmara e do Senado.

Íntegra da proposta:
MPV-622/2013 

terça-feira, 23 de julho de 2013

TecnoCarne potencializa expansão da indústria frigorífica

Feira voltada para o processamento de proteína animal traz novidades e tendências

por Globo Rural On-line
   Divulgação
Evento reúne toda cadeia produtiva da pecuária de corte em São Paulo. (Foto: Divulgação)

Nos primeiros cinco meses desse ano, as exportações de carne bovina atingiram o recorde de R$ 5,3 bilhões, 15% superior ao mesmo período de 2012. Aproveitando esse bom momento, São Paulo recebe a 11ª edição da TecnoCarne dos dias 13 a 15 de agosto.

Espera-se cerca de 25 mil visitantes nos três dias do evento, para conhecer as novidades das mais de 650 marcas expositoras diretas e indiretas. Uma das propostas desta edição é trazer tecnologias sustentáveis, que gerem economia de custos e de uso de matérias-primas.

Toda a cadeia produtiva da indústria da carne estará representada, como fabricantes de ingredientes, insumos e aditivos, embalagens, automação, refrigeração, logística, equipamentos, acessórios, tratamento de efluentes, higienização e demais produtos e serviços.

Neste ano, a TecnoCarne também vai contar com eventos paralelos. No dia 14, haverá o Meat Market 2013, ciclo de palestras sobre cenários e tendências para a indústria da carne, que já tem participação confirmada de Francisco Sérgio Turra, presidente da Ubabef (União Brasileira de Avicultura), e Luis Madi, diretor do Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos). Eles vão debater, respectivamente, a conjuntura econômica do mercado de aves e as tendências em inovação para o mercado de carne.

Serviço:
Quando: 13 a 15 de agosto, das 14h às 21h.
Onde: Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo, SP
Mais informações: www.tecnocarne.com.br  ou www.facebook.com/tecno.carne

 


RN e CE perto de exportarem melão e melancia para o Chile
 
 
 

 

Se tudo ocorrer dentro do esperado, a população chilena em pouco tempo estará consumindo o melão e a melancia produzidos nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará. Uma missão chilena se encontra em Mossoró desde o dia 14 para analisar essa possibilidade. Nesta segunda-feira, 22, a missão se reuniu com técnicos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, entre eles, o ex-reitor, professor Josivan Barbosa, do Coex, do Idiarn e do Ministério da Agricultura. O encontro aconteceu no prédio da reitoria da Ufersa. O reconhecimento da Área Livre de Pragas, a ALP, é um ponto positivo para exportação.

A missão, que é formada por técnicos do Serviço de Agricultura do Chile – SAG –, é para conhecer a cadeia produtiva do melão e da melancia nessa região do semiárido nordestino. Os estrangeiros estão conhecendo toda a cadeia produtiva. A expectativa mais otimista é de que a primeira remessa seja feita ainda nesse segundo semestre. “A visita dessa missão é de grande importância para a fruticultura irrigada uma vez que possibilitará um avanço nas exportações para o Chile”, considerou o reitor da Ufersa, professor José de Arimatea de Matos.


O presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade do RN – Coex, Luiz Roberto Barcelo, lembrou que a crise vivenciada pela Europa tem afetado as exportações de frutas. Ele apontou a conquista de novos mercados como saída para se manter o nível de exportação. “O Chile é um país bastante interessante, pois a população tem o hábito de consumir frutas”, frisou. O presidente do Coex explicou ainda que a região tem capacidade para exportar entre 200 a 300 toneladas de melão para aquele país. Atualmente, o RN e o CE exportam para os Estados Unidos e Europa mais de 8 mil toneladas, entre melão e melancia.


Além da autorização para exportação obtida junto aos países europeus e americanos, os chilenos tomaram conhecimento sobre a história da fruticultura irrigada, num vídeo produzido pela Ufersa, bem como o trabalho de controle realizado pelo Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte. “Temos mais de 8,5 mil quilômetros de área livre da mosca da fruta e somos responsáveis pela emissão da Certificação Fitossanitária de Origem”, explanou Magno Lacerda, chefe de gabinete do Idiarn.


O representante do Ministério da Agricultura, Roberto Papa, mostrou a importância da fruticultura para o Estado. “A nossa Área Livre de Pragas é a nossa principal grife”, reforçou, se referindo a Anastrepha grandis, conhecida popularmente como a mosca das frutas. Para Roberto Papa, o primeiro passo foi dado com o interesse comercial do Chile no melão e na melancia produzidos na região do semiárido. “Agora, cabe aos dois governos os acertos para se iniciar a exportação das frutas”, acredita Roberto Papa. A Área Livre de Pragas é regulamentada por normas internacionais de fitossanidade.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Tecnologia do Campo destaca a mecanização na produção de batata

No programa deste final de semana, foi possível conferir também como funciona o processo de pulverização na cultura

 

Reprodução/Canal Rural
Foto: Reprodução/Canal Rural
Os produtores de Vargem Grande do Sul têm cuidados fitossanitários específicos

A mecanização na produção de batata e principalmente no processo de pulverização foram os principais temas do Tecnologia do Campo, exibido nesse sábado, dia 20.

Confira a produção em Vargem Grande do Sul, no interior de São Paulo, referência no cultivo de batata desde a década de 60. Os produtores locais têm cuidados fitossanitários específicos.

No Instituto Agronômico de Campinas, são disponibilizadas dicas de como aproveitar ao máximo as pulverizações, com o pesquisador científico e especialista em pulverização, Hamilton Ramos.

Também foi veiculada a importância da pulverização na produção de sementes de batata, e a contribuição dos pulverizadores da Jacto, fabricante de Pompéia, São Paulo, nesse processo.

Outro destaque é o quadro “Como funciona?” onde é possível ver como regular o GPS em distribuidores de fertilizantes e corretivos que tem essa tecnologia embarcada.

Poder de compra do suinocultor está maior este ano, afirma Cepea

Mesmo com alta nos custos de produção, câmbio favorece produtores

 

Sirli Freitas
Foto: Sirli Freitas / Agencia RBS
Expectativa de cotações mais baixas dos insumos favorece produtores

Segundo a Embrapa Suínos e Aves de Concórdia (SC), os custos de produção de suínos subiram 4,07% em junho. O ICPSuíno/Embrapa chegou aos 163,80 pontos, completando o terceiro mês de alta consecutiva para o índice, reflexo da variação cambial. Ainda assim, os produtores de suínos esperam menores custos de produção no segundo semestre deste ano.
No ano, o custo de produção de suínos acumula queda de 8,47%, influenciado principalmente pela baixa nos gastos com a ração dos animais (-9,50% em 2013). Segundo a unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a nutrição representou, em junho, 76,24% dos custos de produção de suínos.
Já de acordo com levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), são diversas as estratégias de suinocultores na hora da compra de milho e de farelo de soja para garantir o abastecimento a preços competitivos, principais componentes da ração.
Além disso, há a expectativa de cotações mais baixas desses insumos já neste semestre, principalmente do milho. No mercado de suínos, os valores atuais estão maiores que há um ano, em termos nominais.
Nesse cenário, o poder de compra do suinocultor poderá ser maior neste ano. Frente ao milho, o poder de compra na parcial de julho chega a superar 70% o observado no mesmo período de 2012 em Rondonópolis (MT); em Campinas (SP), o aumento foi de 44% e, no oeste catarinense, de 50%. Em relação ao farelo de soja, o aumento no poder de compra também foi de 50% na região de Chapecó. Em Campinas, o suinocultor consegue comprar 45% a mais do cereal neste ano e em Rondonópolis, 22%.

Ministério atualiza norma sobre teor de água em carcaças de aves

Instrução Normativa sobre os parâmetros de avaliação visa proteger o consumidor de possíveis fraudes de sobrepeso

por Globo Rural On-line
Fabiano Accorsi
Instrução atualiza o método para determinar os parâmetros de avaliação do teor total de água em carcaças resfriadas de frangos, galinhas, aves e galetos

O Ministério da Agricultura publicou no Diário Oficial da última sexta-feira (19/7) a Instrução Normativa nº 25, que atualiza o método oficial para determinar os parâmetros de avaliação do teor total de água em carcaças resfriadas de frangos, galinhas, aves e galetos. A medida, que atualiza a norma anterior ao tema, visa proteger o consumidor de possíveis fraudes de sobrepeso causadas pelo excesso de água.

“É mais uma forma de proteção aos direitos do consumidor, para que este não leve água ao preço de carne. A de absorção de água durante o processo de abate pode ocorrer em uma etapa chamada pré-resfriamento por imersão, o que justifica a necessidade de análises para avaliar possíveis sobrepesos nos produtos.”, afirma a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, Judi Nóbrega.

O serviço oficial do Mapa e as empresas sob fiscalização do Serviço de Inspeção Federal (SIF) monitoram os cortes e as carcaças congeladas por meio de programas obrigatórios de autocontrole. Segundo o ministério, o aperfeiçoamento dos controles no país está entre os fatores que contribuíram para o aumento da oferta de carne de frango com mais qualidade e para a elevação da produção avícola nacional nas últimas três décadas, que tornou o Brasil um dos principais produtores mundiais.

Segundo estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em 2012 foram produzidas 12,65 milhões de toneladas do produto no Brasil, que fica atrás apenas da China, com 13,2 milhões de toneladas.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Curiosidades do Campo: saiba como é realizada a fabricação de cabrestos

Reportagem do Jornal da Pecuária conta como um produtor de Uberaba confecciona a correia para firmar a cabeça do cavalo

  • Mérce Gregório | Uberada (MG)
Rafaela Martins
Foto: Rafaela Martins / Agencia RBS
Produção de cabrestos é toda feita à mão

Ao longo dos séculos o homem foi desenvolvendo peças que o ajudam na lida no campo. E mesmo nos dias atuais, essas peças não perderam a funcionalidade, como é o caso do cabresto. O Jornal da Pecuária exibe durante esta semana a série Curiosidades do Campo, com reportagens que mostram desde a fabricação de selas e arreios até o processo de troca das ferraduras dos animais.
O fabricante de cabrestos de Uberaba, em Minas Gerais, Carmelito Lima, conta que em mantas maiores ou em pequenas tira, o couro é fundamental para ajudar na lida da fazenda. São as tiras de couro que dão origem aos cabrestos para bovinos.
Lima explica que a fabricação começa com o corte do couro cru, sem máquinas. A produção é toda feita à mão. De acordo com a finalidade, muda a largura da tira, mas, todas são bem espessas para dar resistência.
Segundo o fabricante, a segunda etapa é a montagem das peças, é o momento em que o couro e corrente se juntam através das argolas. Para dar mais garantia do serviço, as argolas são soldadas. É partir dessa etapa, que os cabrestos começam a ganhar personalização. O acabamento ele não mostra. É segredo de fábrica.

Via Láctea: controle leiteiro é uma forma de garantir a produtividade do rebanho

Conheça o trabalho da Universidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, que auxilia os produtores na análise do leite

 

Reprodução/Canal Rural
Foto: Reprodução/Canal Rural
Controle leiteiro possui grande importância para o melhoramento animal

No Via Láctea desta semana você confere como o controle leiteiro é uma segurança para a produtividade do rebanho e de grande importância para o melhoramento animal e gerenciamento da propriedade.

Conheça o trabalho da Universidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, que auxilia os produtores na análise do leite.

O programa Via Láctea vai ao ar de segunda a sexta, ao meio-dia, no Canal Rural.

Desenvolvimento Rural realiza a 15ª edição da Festa do Bode




Através da Secretaria de Desenvolvimento Rural, a Prefeitura de Mossoró realiza a 15ª edição da Festa do Bode, que acontece entre os dias 01 e 04 de Agosto. A feira é a denominação popular do maior evento especializado da ovinocaprinocultura do Rio Grande do Norte e este ano de 2013 trará como tema principal a abordagem para os agricultores “sustentabilidade no semi-árido”.
A Festa do Bode conta com a participação de criadores de vários estados no Nordeste e promove um intercâmbio de informações, tanto na área de pesquisa e genética quanto no mercado comercial. A Exposição de Caprinos e Ovinos do Oeste Potiguar e a Exposição Nacional de Bovinos, visa mostrar o que de melhor existe em termos de plantel ovino e caprino nestes estados.
A Feira de animais deve ser exposta para comercialização durante a 15ª Festa do Bode aproximadamente 1.500 animais. O evento, tem se caracterizado por uma grande comercialização de animais, feita individualmente entre os criadores presentes, sendo, portanto, uma extraordinária oportunidade de negócios.
Em uma estrutura montada exclusivamente para o Torneio Leiteiro Caprino, os criadores de cabras disputarão em duas modalidades distintas: cabras puras e cabras mestiças. A estimativa é que aproximadamente 30 animais de diversos estados participarão do torneio.
Este ano acontecerá a 5ª edição do Oeste Leite – Circuito Oestano de Integração da Cadeia Produtiva Leiteira, evento este que tem como objetivo principal integrar definitivamente o trabalho realizado na cadeia produtiva da ovinocaprinocultura, pelos agricultores familiares do município, no circuito estadual de eventos agropecuários.
Com o objetivo de fomentar a atividade da caprinovinocultura, a Feira de Investimentos e Negócios acontecerá durante a XV Festa do Bode através da participação das instituições financeiras, onde serão apresentadas as linhas de crédito disponíveis de cada instituição.
Ainda acontecerá o X Leilão Terra da Liberdade, sendo uma atividade já consolidada como a melhor forma de aquisição de animais de boa qualidade. O Leilão terá 60 lotes de ovinos, caprinos e bovinos.
Complementando as atividades da festa ainda terá cursos, palestras e seminários com o tema voltado para desenvolvimento do trabalho rural que será realizado através de parcerias com instituições públicas.
Para manter a tradição, a festa ainda conta com a feira de artesanato, espaço de gastronomia, exposição de animais exóticos, feira apícola e feira de produtos e serviços. A 15ª edição da Feira do Bode acontece no Centro de Comercialização de Animais Armando Buá.

Fonte: Site Prefeitura Mossoró-RN

Acre ganha status de área livre de peste suína clássica

Publicação da normativa autoriza Estado a exportar carne suína sem restrições sanitárias

por Estadão Conteúdo
 Shutterstock
A partir da publicação dessa normativa, o Acre poderá exportar carne suína sem restrições sanitárias

O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, assinou Instrução Normativa que inclui o Acre entre as unidades da Federação livres da doença peste suína clássica. A medida foi anunciada na noite de quarta-feira (17/7), ao governador do Acre, Tião Viana (PT), durante audiência com o ministro, em Brasília. O governo explica que a norma entra em vigor após a publicação no Diário Oficial da União (DOU).
"A partir da publicação dessa normativa, o Acre poderá exportar carne suína sem restrições sanitárias. Essa conquista será fundamental para a economia do Estado", disse o ministro. Segundo dados do governo, atualmente o Distrito Federal e 14 estados integram a zona livre de peste suína clássica no Brasil. São eles Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Globo Rural lança Prêmio Fazenda Sustentável

Concurso vai eleger as propriedades rurais que apresentarem as melhores performances em sustentabilidade

por Globo Rural On-line
Editora Globo

Foi lançado oficialmente, nesta segunda-feira (15/7), o Prêmio Fazenda Sustentável, uma iniciativa da revista GLOBO RURAL. O objetivo é eleger as propriedades rurais que apresentem a melhor performance em sustentabilidade entre as inscritas.
O prêmio abrange quatro categorias – cultivos anuais (algodão, milho, soja, trigo, arroz e feijão), cultivos perenes e semi-perenes (café, laranja e cana), pecuária (gado de corte) e floresta plantada (pinus e eucalipto).

As inscrições podem ser feitas pelo site www.fazendasustentavel.com.br até o dia 20 de agosto. Os candidatos aprovados nesta etapa passam para a segunda fase, também online e mais detalhada, que começará no dia 21 de agosto e vai até o dia 15 de setembro. A terceira etapa consiste numa visita técnica às fazendas finalistas.

A metodologia para a avaliação e seleção dos premiados foi elaborada por especialistas em sustentabilidade da Fundação Espaço ECO e do Rabobank e contempla os pilares ambiental, social e econômico. Basf, Jonh Deere e Rabobank patrocinam o evento.
Se você tem uma fazenda sustentável, não deixe de participar. Acesse o site de Fazenda Sustentável e faça a sua inscrição.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

ONU

Investimento em pequenos agricultores é a melhor maneira de superar a pobreza, aponta relatório da ONU


Cerca de 500 milhões de famílias de pequenos agricultores fornecem mais de 80% dos alimentos consumidos em grande parte do mundo em desenvolvimento. Na imagem, um agricultor no Brasil. Foto: EBC

Cerca de 500 milhões de famílias de pequenos agricultores fornecem mais de 80% dos alimentos consumidos em grande parte do mundo em desenvolvimento. Na imagem, um agricultor no Brasil. Foto: EBC
A agência de meio ambiente das Nações Unidas e uma organização de desenvolvimento agrícola da ONU afirmaram nesta terça-feira (4), um dia antes do Dia Mundial do Meio Ambiente, que dadas as condições adequadas e um apoio concentrado, os pequenos agricultores podem desencadear uma revolução agrícola sustentável.
De acordo com o relatório “Pequenos Agricultores, Segurança Alimentar e Meio Ambiente”, cerca de 500 milhões de famílias de pequenos agricultores fornecem mais de 80% dos alimentos consumidos em grande parte do mundo em desenvolvimento, especialmente no sul da Ásia e na África subsaariana. Das 1,4 milhão de pessoas que vivem com menos de 1,25 dólar por dia, a maioria depende da agricultura para sobreviver.
Achim Steiner, subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), afirma que após duas décadas de baixo investimento na agricultura, a crescente competição por terra e água, o aumento no preço de combustível e dos fertilizantes e as mudanças climáticas deixaram os pequenos agricultores com poucas chances de escaparem da pobreza.
O relatório deixa claro que o investimento no setor agrícola oferece a maior taxa de retorno para os interessados na superação da pobreza – o documento mostra que para cada aumento de 10% nos rendimentos agrícolas, houve uma redução 7% da pobreza na África, e uma redução de mais de 5% na Ásia.
Além disso, investir nos pequenos agricultores acelera o progresso para atingir as oito metas de combate à pobreza conhecidas como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), bem como na construção de uma agenda pós-2015 sustentável, disse Steiner.
Elwyn Grainger Jones, diretor da Divisão de Clima e Meio Ambiente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (IFAD), afirma que os pequenos agricultores possuem conhecimentos locais que podem oferecer soluções práticas, necessárias para a agricultura atingir um patamar mais sustentável. “Para colocar estes pequenos produtores na vanguarda de uma transformação na agricultura mundial, eles precisam do apoio adequado para superar os desafios que enfrentam”, acrescentou Jones.
O relatório foi lançado pouco antes do Dia Mundial do Meio Ambiente (5), que este ano terá como sede principal a Mongólia. O tema deste Dia está intimamente ligado à segurança alimentar, com foco na redução do desperdício ou perda de um terço de todos os alimentos produzidos – 1,3 bilhão de toneladas, ou 1 trilhão de dólares.

Site: Site ONU

Curiosidades

Curiosidades do Campo: conheça o processo de fabricação de selas e arreios

Reportagem do Jornal da Pecuária mostra a diferença na fabricação das tralhas

  • Merce Gregório | Uberaba (MG)

Jefferson Botega
Foto: Jefferson Botega / Agencia RBS
Selas feitas de forma manual demoram cerca de três meses para ficarem prontas

Se a fabricação do arreio, que é uma peça mais simples, já consome metros de couro, imagine então, o quanto se gasta para fazer uma sela, que é bem mais elaborada. Nesta semana, o Jornal da Pecuária exibe durante esta semana a série Curiosidades do Campo, com reportagens que mostram desde a fabricação de selas e arreios até o processo de troca das ferraduras dos animais.
Em comum com o arreio, a sela tem apenas o revestimento com couro cru, o enervo. De resto, é tudo diferente. É o que explica Eurípedes Ferreira, fabricante de selas em Uberaba, em Minas Gerais. Ele diz que o conforto para o cavaleiro é um dos requisitos na hora da fabricação. A estrutura recebe várias camadas de couro e dá origem a uma sela australiana.
Segundo Ferreira, que trabalha há 30 anos na atividade, o melhor jeito de prolongar a vida útil de uma sela ou arreio, é usar óleo de mocotó, que segundo ele, se encontra em lojas especializadas, no valor de R$ 20. Ele conta que é preciso a sela estar seca no momento da aplicação, e o processo deve ser repetido a casa 15 dias.
Outro tipo de sela fabricada pela família é a americana, também chamada de sela do cavalo quarto de milha, que é bem diferente da australiana. A começar pela armação que é toda de madeira e com uma peça na cabeça, conhecida por "pito", que é de alumínio fundido. No processo de montagem ele é o primeiro a ser revestido.
O comerciante conta que, me média, demora até três meses para a sela ficar pronta. E os preços ficam entram R$ 2 mil e R$ 8 mil.

Fonte: Canal Rural

Redução da área de plantio e alta do dólar mexem com mercado de algodão

Com exportações mais vantajosas, já falta matéria-prima para a indústria brasileira

  • Eduardo Silva (São Paulo)
Thais Julianne
Foto: Thais Julianne / Canal Rural
Produção nacional seria suficiente para atender a demanda da indústria, não fossem as exportações

A atual safra de algodão teve produção de 600 mil toneladas a menos que a passada. Com a valorização do dólar, as exportações seguem em alta, o que faz com que falte matéria-prima para a indústria brasileira. Para atender o mercado interno, o setor espera crescimento na importação do produto em fibra.
A produção nacional seria suficiente para atender a demanda da indústria, não fossem as exportações. Da safra de 1,25 milhões de toneladas, cerca de 40% já foram negociadas para o exterior. E mesmo utilizando os estoques as fábricas têxteis devem importar cerca de 200 mil toneladas de algodão para atender a demanda, segundo a associação que representa os produtores brasileiros.
O analista de mercado Peter Graham afirma que a busca nos países produtores deve ocorrer, mas de maneira moderada. Ele explica que os exportadores têm a opção de vender o algodão no Brasil se o preço for mais atraente do que o praticado no exterior.
Para a Associação Brasileira da Indústria Textil (ABIT), importar  é uma necessidade imediata, já que as indústrias operam com força entre julho e novembro. Fernando Pimental, diretor superintendente da entidade, diz que o momento é de buscar por políticas de isenções de impostos para aquisição do algodão no mercado externo,  instrumento que tem sido utilizado pelo setor quando há falta de matéria prima no país.
Para a próxima safra, a expectativa é que o setor recupere pelo menos 20% da área, passando de 895 mil hectares para cerca de 1,75 milhões de hectares, situação que deve manter o mercado interno abastecido.

Fonte: Rural br agricultura

Bovinos da raça nelore são enviados a São Tomé e Príncipe para a melhora da genética do rebanho local

Cerca de 110 bovinos da raça nelore mocho - 20 touros e 90 fêmeas foram embarcados para o país na noite desta quarta, dia 17

 

Adriana Langon
Foto: Adriana Langon / Agência RBS
1,5 mil cabeças de gado já foram enviadas para países da América do Sul e África

Em uma operação que movimentará US$ 1,2 milhão, 110 bovinos da raça nelore mocho - 20 touros e 90 fêmeas – foram embarcados na noite desta quarta, dia 17, no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo, em um voo fretado, para São Tomé e Príncipe. Os animais serão utilizados para a melhora da genética do rebanho local, na primeira operação feita para o pequeno país insular africano pela Alvo Consultoria e Agronegócios, de Uberaba (MG).
A empresa já enviou por avião mais de 1,5 mil cabeças de gado para países da América do Sul e África. Segundo o proprietário da Alvo, Marcelo Eduardo Guandalini, o uso dos aviões, pelo custo de US$ 10 mil a US$ 30 mil por cabeça de bovino, é específico para o transporte de gado de elite.
Guandalini afirma que entre os animais exportados anteriormente pela empresa estão, inclusive, matrizes de gir leiteiro, de propriedade do ministro da Agricultura, Antônio Andrade, tradicional criador da raça. Os animais exclusivamente para abate são transportados normalmente por navios.
No caso dos enviados para São Tomé e Príncipe o rebanho foi adquirido pelo governo, com o financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento. A operação teve início com a assinatura de um protocolo sanitário específico para a exportação de animais entre os ministérios da Agricultura dos dois países e incluiu um período de quarentena no aeroporto paulista.
Segundo Guandalini, o fato de Viracopos ter um curral e a preferência das empresas de cargas facilitou a operação.
– A exportação poderia ter sido feita por Brasília, Belo Horizonte ou até mesmo por Uberaba, mas a facilidade logística de Viracopos facilitou a operação – explicou.
Os animais serão embarcados em baias montadas dentro de um cargueiro McDonnell Douglas MD-11 e devem chegar a São Tomé e Príncipe na manha desta de quinta, dia 18, no horário local. Segundo Guandalini, a recepção deve ser de gala, com a presença prevista até do presidente do país.

Fonte: Rural Br Pecuária

Curiosidades do Campo: Descubra como é feita a aplicação da ferradura no casco do cavalo

Reportagem do Jornal da Pecuária mostra como o procedimento é realizado

 

Ronaldo Bernardi
Foto: Ronaldo Bernardi
Após o procedimento, casco fica lisinho, sem risco de arranhões

Você já viu como é colocada a ferradura no casco de um cavalo? A reportagem especial do Jornal da Pecuária mostra como é feito o procedimento. A série especial exibe durante esta semana o Curiosidades do Campo, com reportagens que mostram desde a fabricação de selas e arreios até o processo de troca das ferraduras dos animais.
O produtor Daniel Ferreira, de Uberaba, no triângulo mineiro, explica que o procedimento deve ser feito, no máximo, a cada 40 dias. Segundo ele, as pontas que sobram são cortadas, arrebitadas e depois lixadas. O casco fica lisinho, sem risco de arranhões.
– Podemos dizer que faço a unha do cavalo, que cresceu e eu tiro o excesso. Depois da unha cortada e lixada, é preciso dar acabamento. Tem que medir, com um aparelho chamado de angulador – explica Ferreira.
O equipamento utilizado para fazer o procedimento é chamado de forja, e é usado para aquecer a ferradura que vai ser montada no casco do animal. Com a ferradura quente, Ferreira vai batendo com o martelo para arrumar as partes laterais, que ele chama de guarda casco que serve para apoiar o casco do animal e evitar que a ferradura se desloque.
De “sapatos” novos, a égua que compete em prova de três tambores está pronta para mais uma temporada, com os cascos bem protegidos.

Fonte: Canal Rural

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Exportações de arroz aumentam em junho e atingem 73,13 mil toneladas

Volume é 76,9% maior que os embarques de maio

por Renato Bittencourt, da Scot Consultoria
Paulo Rossi
Em relação ao mesmo período de 2012, as exportações foram 49,7% menores


As exportações brasileiras de arroz base casca atingiram 73,13 mil toneladas em junho deste ano, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Tal volume é 76,9% maior que os embarques de maio, que foram de 41,34 mil toneladas.

Em relação ao mesmo período de 2012, as exportações foram 49,7% menores. Naquele mês, foram embarcadas 145,27 mil toneladas.

O faturamento em junho último foi de US$22,16 milhões, 61,3% maior que no mês anterior (US$13,74 milhões), mas na comparação com o mesmo período de 2012 (US$53,92 milhões) houve queda de 58,9%.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Governo estima produção agrícola recorde de R$ 272 bi em 2013

Soja é o destaque; pela primeira vez, VBP da laranja supera o do café

por Estadão Conteúdo
Ernesto de Souza
Bom desempenho do VPB foi impulsionado principalmente pela colheita da safra recorde de soja

O Valor Bruto da Produção (VBP) dos principais produtos agrícolas deve alcançar neste ano o recorde de R$ 272,15 bilhões, montante 18,2% superior ao estimado para o ano passado. O bom desempenho foi impulsionado principalmente pela colheita da safra recorde de soja, que proporcionou um aumento de R$ 11,844 bilhões (+17,2%) no valor da produção da oleaginosa, estimado para este ano em R$ 80,609 bilhões.

Os cálculos são da Coordenadoria de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura e levam em conta a estimativa de safra de junho do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os preços levantados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).

Outro produto que se destaca é a cana-de-açúcar. A previsão de aumento de R$ 4,059 bilhões (+17,2%) no valor produto de produção da cana, que foi estimado pelo Ministério da Agricultura em R$ 48,094 bilhões. Em terceiro lugar ficou o milho, cujo valor da produção deve crescer 11,3% (R$ 3,753 bilhões) e atingir neste ano R$ 37,051 bilhões.

Os cálculos da coordenadoria de planejamento do Ministério da Agricultura indicam que a renda do setor citrícola deve se recuperar e atingir valor recorde neste ano. As estimativas são de aumento de R$ 6,258 (+44,4%) no valor bruto da produção de laranja, estimado em R$ 20,362 bilhões.

Pela primeira vez na série histórica da coordenadoria o valor bruto da produção de laranja supera o do café, que cai de quarto para quinto lugar no ranking dos principais produtos. A estimativa para este ano é de queda de 26% (R$ 5,048 bilhões) na renda do café, estimada em R$ 14,341 bilhões.

Outro produto que apresenta queda significativa de renda neste ano é o algodão, reflexo da retração na área plantada e queda na produção. A estimativa é de diminuição de R$$ 3,724 bilhões (-31,9%) no valor bruto da produção de algodão, estimado em R$ 7,968 bilhões.

O tomate ainda ocupa o sexto lugar entre os produtos de maior renda, em virtude da alta de preços registrada no primeiro semestre deste ano, provocada por problemas climáticos. A estimativa é de crescimento de 65,3% (R$ 4,015 bilhões) no valor bruto da produção de tomate para R$ 10,165 bilhões.

No caso do feijão, que registra queda de produção nesta safra, por causa de perda de área para a soja e milho, a estimativa é de aumento de 7,5% na renda, estimada em R$ 8,278 bilhões. A banana também está entre os dez principais produtos, com valor bruto da produção estimado em R$$ 10,156 bilhões (+9%). A renda do arroz deve crescer 6,9% para R$ 7,937 bilhões e a projeção para o trigo é de aumento de 203% para R$ 3,8 bilhões.


Ministro da Agricultura admite RN como área livre da aftosa


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O ministro da agricultura e pecuária, Antônio Andrade, esteve no Rio Grande do Norte nesta quinta-feira, 6 de junho, para visitar a 11ª edição do Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados e aproveitou sua participação no evento  para confirmar que o Rio Grande do Norte é área livre da aftosa com vacinação. O anúncio oficial, no entanto, será feito até o final deste mês, com a presença da presidenta Dilma Rousseff.
O ministro recebeu o convite do presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves, e foi acompanhado também pela governadora do Estado Rosalba Ciarlini, entre outras autoridades.
Inicialmente, o ministro viria oficializar a mudança de status do Rio Grande do Norte como área livre da febre aftosa com vacinação. No entanto, devido ao atraso de um dos estados nordestinos para entregar o exame de sorologia do seu rebanho, o ministro Antônio Andrade preferiu adiar o anúncio para o fim do mês de junho, prometendo um grande evento com a presença da presidenta Dilma Rousseff. A mudança de status será em bloco, ou seja, envolverá toda a região nordeste simultaneamente.
 Mesmo assim, ele garante que o Rio Grande do Norte já é considerado área livre da doença. Os benefícios serão percebidos na economia, incentivando a pecuária e permitindo a comercialização de animais e frutas para outros estados.
Antônio Andrade também aproveitou a visita para falar sobre a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, a Anater. O órgão trabalhará em parceria com a Embrapa e coordenará as entidades de Ater em todo o país, incluindo a Emater-RN. O ministro também avisou que a agricultura familiar vai dispor de 21 bilhões de reais para o biênio 2013 e 2014, conforme anunciou a presidenta Dilma, durante o lançamento do Plano Safra.
Segundo a governadora Rosalba Ciarlini, para trazer o novo status da febre aftosa, houve um esforço intenso do Rio Grande do Norte, que atravessa um período de seca há dois anos. Ela aproveitou a oportunidade para agradecer a todos que colaboraram, como os servidores do Idiarn e da Emater, que conhecem de perto as atividades do campo e entenderam a importância desse momento. Ela reforça que as campanhas devem ser um trabalho contínuo, que justifique a permanência do estado nessa nova classificação fitossanitária. Os criadores devem vacinar seu rebanho até o dia 30 de junho e declarar até 15 de julho nos escritórios do Idiarn ou da Emater-RN, com a finalidade de adquirir a Guia de Trânsito Animal (GTA).
DÍVIDAS RURAIS - O deputado federal Henrique Alves aproveitou a ocasião para anunciar um programa de refinanciamento das dívidas rurais de todo o semiárido do Nordeste. Segundo o deputado, os pronafianos eram excluídos e vitimados pela insensibilidade ou falta de poder dos bancos e de suas associações, que executavam as dívidas de trabalhadores rurais.
A presidenta Dilma remeteria nos próximos dias um projeto de lei para o Congresso Nacional com várias medidas importantes para pequenos e médios produtores, como a imediata e total suspensão da execução de qualquer dívida rural, de bancos públicos ou privados, como rebate de 85%  para dívidas de até R$ 35 mil.
Uma mudança importante, segundo Henrique Alves, oficializada através de uma medida provisória, será a ampliação desse valor para R$ 100 mil, com o mesmo percentual de rebate. A medida provisória, a ser votada no Congresso Nacional trará efeitos imediatos ao setor rural do país.

Fonte: Emater-RN

China responde por 40% da produção mundial de ovos; o Brasil, por 3%

 Fonte:www.revistaplantar.com.br

Através de dados que acabam de ser divulgados, a Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) apenas confirma que a China permanece imbatível na posição de maior produtor mundial de ovos.
Os dados, relativos a 2010, apontam que naquele ano foram produzidas no mundo pouco mais de 69 milhões de toneladas de ovos, 71,56% das quais concentradas em apenas 10 países. Mas a participação de nove desses 10 países pode ser considerada ínfima frente à participação chinesa, que respondeu por 40,55% da produção mundial.
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