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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Capim para alimentação de cabras no sistema de produção de leite

O uso de gramíneas como capim Tifton e capim Tanzânia tem mostrado um potencial para atender até 60% da necessidade de nutrientes das cabras leiteiras, reduzindo inclusive o uso de  alimento concentrado e seus custos. O método de criação se baseia na pastagem cultivada, que é uma alternativa desenvolvida em pesquisas da Embrapa Caprinos e Ovinos para superar as dificuldades da criação dos animais em épocas secas.
O pasto cultivado fica disponível para os animais nos períodos secos, época em que a vegetação nativa não costuma fornecer forragem em quantidade e qualidade suficientes. No experimento realizado na Embrapa Caprinos e Ovinos, o manejo  da pastagem é feito de forma rotacionada, com uso de uma área de cada vez. O rebanho permanece no piquete por 4 dias e depois segue para  outro. Assim, se torna possível o descanso do solo por 18 dias, evitando o  esgotamento do mesmo. Parte do manejo geral também é feita na  pastagem, com os animais tendo acesso a água e sombra.
De acordo com a zootecnista Ana Clara Cavalcante, pesquisadora da área de forragicultura, se houver uso estratégico da irrigação e de suplementação alimentar, a pastagem cultivada permite a manutenção de até 70 cabras em lactação em 1 hectare de pasto cultivado. “Em geral, as propriedades no semiárido são pequenas e, assim, o uso de pasto cultivado tende a maximizar o uso da área. Enquanto 3 hectares de pasto nativo são necessários para manter um animal adulto na época seca, 1 hectare de pasto cultivado, manejado de forma rotacionada, pode suportar até 70 animais, a depender do grau de intensificação”, afirma Ana Clara.
Ela ressalta ainda que com uma menor ocupação das áreas pode-se otimizar também o uso da mão de obra para realizar, pela manhã, tarefas rápidas como as ordenhas e verificar o fornecimento de água e sal aos animais. O restante do dia fica livre para outras atividades da fazenda, em geral na agricultura familiar que é diversificada.
da redação do Nordeste Rural

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