O Procon estadual
realizou, na manhã desta quinta-feira (09), uma fiscalização em três
supermercados da capital com o objetivo de retirar das prateleiras possíveis
lotes de leites contaminados. As marcas fiscalizadas são Italac, Mu-Mu, Líder e
Latvida.
Os estabelecimentos
fiscalizados foram o Hiper Bompreço da Pudente de Morais, Carrefour Zona Sul e
o Nordestão da Roberto Freire.
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Nenhum produto foi
encontrado. De acordo com o coordenador geral do Órgão de Proteção e Defesa do
Consumidor do governo, Araken Farias, acredita-se que os produtos já haviam
sido retirados das prateleiras após a identificação dos lotes fraudados. O
Procon dará continuidade à fiscalização nos estabelecimentos.
Araken Farias orienta
que caso o consumidor tenha comprado o produto e detectado que o lote faz parte
dos que foram adulterados, devolva ao supermercado, trocando por outro produto
similar ou pedindo a devolução do dinheiro.
Durante a fiscalização
do leite no Hiper, o Procon encontrou e recolheu 130 kg de linguiça calabresa e
palito, das marcas Sadia e Rezende, que estavam sem a data de validade do
fabricante. Segundo o órgão, o supermercado tirou a data da embalagem original
e fracionou o produto sem comprovar a validade.
Entenda o caso da
fraude do leite:
O Ministério Público do
Rio Grande do Sul (MP-RS) deflagrou ontem (8) a Operação Leite Compen$ado para
desarticular um esquema de adulteração de leite. De acordo com as
investigações, cinco empresas de transporte de leite adicionavam ao produto
cru, entregue à indústria, uma substância semelhante à ureia, que tem formol na
composição e é considerada cancerígena pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo o MP-RS, esse
tipo de adulteração é considerada crime hediondo de corrupção de produtos
alimentícios, previsto no Artigo 272 do Código Penal. Cerca de 100 pessoas
participam da operação, que conta com o apoio do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, da Receita Estadual e da Polícia Militar gaúcha.
De acordo com o
Ministério Público, as empresas investigadas transportaram aproximadamente 100
milhões de litros de leite entre abril de 2012 e maio de 2013. O órgão estima
que, desse total, 1 milhão de quilos de ureia contendo formol tenham sido
adicionados, com o objetivo de aumentar o volume do leite transportado e
consequentemente o lucro sobre o preço do leite cru.
A fraude foi comprovada
por meio de análises químicas do leite cru. O formol foi encontrado no produto
final mesmo depois dos processos de pasteurização.
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