A previsão climática de
consenso para o trimestre maio, junho e julho de 2013 indica maior
probabilidade de chuva abaixo da média normal climatológica no leste da região
Nordeste (leste dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe e Bahia). Para a região norte do nordeste (região semiárida),
onde o período chuvoso climatologicamente termina durante o mês de maio,
espera-se chuva abaixo da normal climatológica para o final do período.
Porém, não se descarta
grande variabilidade temporal e espacial da chuva, assim como a possibilidade
de episódios de chuvas intensas.
Fonte: EMPARN
veja o conteúdo da reunião abaixo
Fonte: EMPARN
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II REUNIÃO DE ANÁLISE E PREVISÃO
CLIMÁTICA PARA O SETOR LESTE DO NORDESTE DO BRASIL - 2013
Maceió, 19 de abril de 2013.
INTRODUÇÃO
Dando continuidade às
reuniões de análise e previsão climáticas, realizadas no Nordeste do Brasil
desde 1993, realizou-se a II Reunião de Análise Climática deMaceió, nos dias18
e 19 de abril de 2013, no Palácio da República dos Palmares. Nesta reunião,
foram analisadas as condições regionais da pluviometria e globais dos oceanos e
da atmosfera, assim como os resultados de modelos numéricos de previsão
climática sazonal. A reunião contou com a participação de meteorologistas dos
Centros Estaduais de Meteorologia da Região Nordeste, UFAL,CPTEC/INPE, além da
Defesa Civil Estaduale Municipal.
COMPORTAMENTO DA
PRECIPITAÇÃODURANTE MARÇO DE 2013.
A Figura 1 mostra os campos de precipitação
acumulada durante o mês de março de 2013 (painel à esquerda), a climatologia do
mês de março (painel central) e a anomalia de precipitação observada no
referido período (painel à direita).Predominaram anomalias negativas
empraticamente todo o Nordeste. A redução da precipitação caracterizou um
período de estiagem, com acentuadosdesvios negativos em relação ànormal
climatológica para o mês.
Figura 1 – Precipitação
acumulada no mês de março de 2013
Embora o mês de abril ainda não tenhaencerrado as
análises preliminares do monitoramento pluviométrico realizadas pelos centros
estaduais indicam uma intensificação do quadro de estiagem apresentado em
março.
ANÁLISE DAS CONDIÇÕES OCEÂNICAS e ATMOSFÉRICAS
GLOBAIS.
Na Figura 2, observaram-se
condições de TSM em torno da médiaclimatológica no Oceano Atlântico Tropical
Sul(anomalias da ordem de -0,5ºC e +0,5ºC), e predomínio de anomalias positivas
de TSM no Atlântico Tropical Norte (acima de 0,5ºC). As
atuais condições das águas superficiais na região do Atlântico Tropical
mantiveram-se como nos últimos meses, sendo desfavoráveis às chuvas mais
abundantes e regulares em grande parte do Nordeste do Brasil.
A persistência de águas variando
entre levemente abaixo e em torno da média climatológica no setor sul e águas
mais quentes que a normal no setor norte do Atlântico Tropicalintensificam os
sistemas de alta pressão atmosférica no Atlântico Sul e áreas continentais
adjacentes, desfavorecendo a formação de nuvens e precipitação. Além disso,
nota-se a atuação mais ao norte da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT),
principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas no norte da Região
Nordeste. Os padrões de pressão no Atlântico Norte, com anomalias negativas de
pressão, e na região polar norte, com anomalias positivas de pressão, vêm
contribuindo de forma a manter o posicionamento da ZCIT mais ao norte de sua
posição climatológica. A alta do Atlântico Norte mais enfraquecida desfavorece
o escoamento de nordeste associado à circulação anticiclônica, fator este
importante para deslocar a ZCIT para sul. Desde o início de 2013, há formação
de circulações ciclônicas anômalas e persistentes nos níveis mais altos da
atmosfera sobre o Nordeste e vizinhanças (chamados bloqueios), que também
contribuíram para a diminuição das chuvas na Região.
Na região do Pacífico Tropical,
persiste a condição térmica de neutralidade, sem evidências de resfriamento (La
Niña) ou aquecimento (El Niño) das águas superficiais. O monitoramento mostra a
contribuição da variabilidade intrasazonal nessa região (oscilações transientes
tipo Madden-Julian), induzindo variações térmicas que variam entre curtos
períodos mais quentes e frios, porém não desenvolvendo para um evento de La
Niña nem El Niño. Essa característica tem se mantido nos últimos meses.
Figura 2 – Anomalia de TSM de 17 de março de 2013 a
13 de abril de 2013.
Fonte: CPTEC/INPE.
PREVISÃO
DAS CHUVAS PARA O TRIMESTRE MAIO A JULHO DE 2013
A previsão climática de consenso para o trimestre
maio, junho e julho de 2013 indica maior probabilidade de chuva nas categorias
abaixo da média normal climatológica no leste da região Nordeste (leste dos
estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia).
Para a região norte do nordeste (região semiárida), onde o período chuvoso
climatologicamente termina durante o mês de maio, espera-se chuva na categoria
abaixo da normal climatológica para o final do período (abaixo da Normal= 45%,
Normal = 40% e Acima da normal = 15%).
As seguintes categorias de probabilidades em relação
à normal climatológica para a ocorrência de precipitação na costa leste do
Nordeste foram definidas:
20% acima, 35% normal e 45%
abaixo.
Temperatura: em torno da normal
climatológica
Porém, não se descarta grande variabilidade temporal
e espacial da chuva, assim como a possibilidade de episódios de chuvas intensas
decorrentes da atuação de distúrbios ondulatórios de leste.
Recomenda-se a continuação do monitoramento e
acompanhar as previsões de tempo nas áreas do leste do Nordeste, bem como a
evolução das condições do Oceano Atlântico tropical.
Nesta avaliação foram utilizados os modelos do INPE/CPTEC, FUNCEME, INMET, NCEP, NCAR, COLA,
NASA, ECMWF, UKMET e Météo-France.
PARTICIPANTES PRESENCIAIS
-
Agência
Pernambucana de Água e Clima – APAC;
-
Defesa
Civil Estadual – CBMAL;
-
Defesa
Civil Municipal de Maceió;
-
Empresa
de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte – EMPARN;
-
Secretaria
de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Sergipe – SEMARH/CEMESE;
-
Laboratório
de Análise e Processamento de Imagens de Satélites – LAPIS;
-
Centro
de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais – CPTEC/INPE;
-
Fundação
Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME);
-
Instituto
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia - INEMA
Nota1: É importante observar a característica de alta variabilidade espacial e
temporal com que se comportam as chuvas sobre o Nordeste, sendo de fundamental
importância o monitoramento contínuo das condições atmosféricas sobre a região
e as condições oceânicas e atmosféricas globais.
Nota2: A
próximaReunião de Análise e Previsão Climática para o Nordeste do Brasil que
abordará as condições de chuva para o leste do Nordeste ocorrerá em Aracaju,
SE, em maio de 2013. Contato com Overland Amaral Costa, overland.costa@semarh.se.gov.br ou overland.acosta@gmail.com, tel:
79-3214-1202 79-9125-0883. 79 –79-9983 7200
9100 3000 (Aline)
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